O valor da cultura amazônica e a
representação da maior biodiversidade de uma floresta tropical no mundo por
meio de fotografias, texturas, sons, cores e aromas chamaram a atenção de
visitantes de várias partes do país e do exterior. A exposição “Amazônia
Mundi’, que acontece na cidade catarinense de Balneário Camboriú, na Barra Sul,
foi prorrogada e seguirá até o março de 2023 com potencial de tornar-se atração
permanente. A mostra passará por renovações em setembro e os ingressos podem
ser adquiridos no link https://bit.ly/amazoniamundibc. A mostra, que está localizada na Avenida
Normando Tedesco, esquina com a Rua 4300, conta com espaços onde é possível
surpreende-se com a textura de animais, tocar sementes de diferentes árvores, e
conhecer um pedacinho da riqueza da maior floresta tropical contínua do
planeta, que vem sendo ameaçada a cada dia. As sementes de diversas iguarias
como cuiarana, olho-de-boi, castanha-do-Brasil, tento vermelho e caroços de
tucumã, entre outras, foram coletadas em reservas extrativistas do Pará.
“É gratificante poder receber uma
avaliação tão positiva de diferentes públicos, principalmente de crianças que
desde cedo podem valorizar a importância da conservação da região amazônica. Em
junho, abrimos parceria com as secretarias de educação da região do Vale do
Itajaí, e recebemos gratuitamente mais de 1000 crianças. Para agosto, temos
outras 1000 crianças agendadas. Nossa proposta, desde o início, é apresentar a
Amazônia de forma que o público perceba que não há divisão entre o homem e a
natureza. Na Amazônia, os povos tradicionais, ribeirinhos são os verdadeiros
guardiões da floresta. Nós, nas cidades, não percebemos, mas somos intimamente
ligados à floresta amazônica por meio dos “rios voadores” - grandes camadas de
umidade que são produzidas pela floresta e chegam até nossas plantações no
centro-oeste e sudeste”, comenta Anna Agazzi Migotto, curadora da mostra
Amazônia Mundi.
A exposição agrada também aos adultos e
atrelada a exposição, são realizados vários eventos e dinâmicas de saúde,
aromaterapia, yoga e outras. Siga o evento no Instagram @amazoniamundi.
Espaços imersivos são destaque da mostra
Entre os destaques da exposição, estão
fotografias do amazonense Ricardo Oliveira, que mostram a árvore Sumaúma, uma
das mais extraordinárias da Amazônia devido ao seu gigantismo. A foto é
proporcional ao tamanho real da árvore, que pode atingir 40 metros de altura.
Em parte do teto, há uma revoada de aves
Guaruba, também conhecidas por ararajuba, típica da região Norte. É uma espécie
em estágio de extinção por conta da redução das áreas de habitat e também por
contato do tráfico ilegal de animais e que na mostra está representada pelo
rico artesanato em Miriti.
Outra atração é o barco gaiola, uma
embarcação típica da Amazônia. Pelo fato de ser uma região de cheia e vazante,
os rios são as estradas. E a tecnologia também se faz presente. Com a realidade
virtual, o visitante pode adentrar um ambiente da gruta de Monte Alegre, sítio
arqueológico de importância mundial.
Máscaras ritualísticas do povo Ticuna, que
vive na região da Amazônia brasileira, Peru e Colômbia, também estão expostas
na Amazônia Mundi, além de diversos painéis com informações sobre as terras
indígenas e dos povos que existem no Brasil, que passam de 180.
A mostra é resultado de pesquisa realizada
por um coletivo de especialistas e artistas, capitaneados pela produtora Fare
Arte. Entre as instituições presentes estão o Instituto Peabiru, Instituto de
Pesquisa da Amazônia (Inpa) e o Museu Emilio Goeldi.
Os ingressos para a “Amazônia Mundi” podem
ser obtidos pelo valor de R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia), para estudantes e
crianças até 12 anos, sendo que nas segundas-feiras a visitação é gratuita,
mediante agendamento pelo link www.penha.amazonfunparks.com.
A exposição Amazônia Mundi é um
oferecimento da Amazon Parques & Resorts
Foto: Marlon Andrei
