Ao todo, a obra de reforma da ponte
Hercílio Luz, cartão postal de Florianópolis, levou três décadas para ser
concluída. Envolto a polêmicas e comoção pelo simbolismo da primeira conexão
por terra da ilha com o continente, o processo de restauração da maior ponte
pênsil do Brasil, com 821 metros, foi acompanhado atentamente não só pelos
catarinenses, mas por todo o país. E o período entre 2006 e 2019 é tema do
filme “Em obras” que será lançado e debatido em Florianópolis dia 10 de maio,
no Museu da Escola Catarinense, MESC, a partir das 19h30.
“O ponto de partida do roteiro foi a
assinatura da primeira ordem de serviço para o início da revitalização, em
2006, e a partir dali busquei depoimentos e informações sobre prazos e valores
deste contrato levando em consideração a importância histórica e os benefícios
da ponte para o turismo e mobilidade urbana”, resume o documentarista Gustavo
Zinder sobre o curta metragem desenvolvida pela sua produtora, a Contexto
Filmes, o qual agora ele quer não só exibir, mas promover o debate.
Após a apresentação do filme, que
conta com depoimentos do engenheiro fiscal da obra Wenceslau Diotallévy, do
procurador do Ministério Público de Contas, Diogo Ringenberg, do secretário de
Mobilidade e Planejamento Urbano Michel Mittmann, do presidente da Associação
Catarinense de Engenheiros, Roberto Oliveira e da empresária, professora e
educadora, Anita Pires, será realizada uma mesa de debates mediada pelo
jornalista Mário Motta.
‘Entre a tradição e a inovação’ será o tema abordado
com o público pelo diretor geral do IPUF, Michel Mittmann, a presidente da
ABEOC-SC, Jane Balbinotti e o documentarista Gustavo Zinder. “A mesa tem como
objetivo promover a discussão conectada à economia criativa, promovendo um
debate aberto com o público sobre formas de equilibrar tradição e inovação numa
cidade com alto potencial inovador como Florianópolis”, resume Zinder sobre a
proposta do diálogo.