Um
cardiodesfribilador foi implantado sob a pele de um homem de 61 anos, em
Jaraguá do Sul (SC). O paciente, que sofre de miocardiopatia dilatada, corria
risco de morte súbita e foi a primeira pessoa da cidade (a sexta em Santa
Catarina) a passar pela intervenção. O procedimento, conhecido como CDI
subcutâneo, foi realizado no último dia 29, no Hospital Jaraguá. A ação recebeu
o apoio de cirurgiões de fora do Estado, que acompanharam a cirurgia por meio
de óculos de transmissão ao vivo, utilizados pelo médico que executou o
implante.
O cirurgião
cardiovascular responsável pelo procedimento, Dr. Thales Cantelle Baggio,
explica que o CDI serve para corrigir o ritmo cardíaco acelerado. Diferente de
um marco-passo, o dispositivo monitora o coração de forma constante e aplica o
tratamento de forma automática, só quando necessário.
“Enquanto na
técnica convencional de CDI os eletrodos são posicionados dentro do coração do
paciente, no CDI subcutâneo ele é posicionado entre o osso esterno e a pele. É
uma tecnologia inovadora e que previne várias complicações, justamente porque o
dispositivo é implantado fora do coração”, explica o médico que atua no
Hospital Jaraguá.
Tecnologia
contribuiu para o procedimento
Além de ser o
primeiro implante de CDI subcutâneo feito em Jaraguá do Sul, a intervenção
também foi a primeira cirurgia de ritmo cardíaco feita sob orientação à
distância em Santa Catarina. O médico que estava presente no centro cirúrgico
do Hospital Jaraguá implantou o dispositivo com a orientação de outro
especialista, que acompanhou todo o procedimento à distância. Óculos de
transmissão ao vivo, utilizados pelo cirurgião local, permitiram que o
procedimento fosse acompanhado em tempo real.
“Esta
tecnologia permite não só o auxílio remoto mas, também, a transmissão de
imagens em tempo real, inclusive para propósitos educacionais, sendo possível
acompanhar a cirurgia através dos olhos do cirurgião, de qualquer lugar do
mundo”, afirmou o cirurgião.