Um dos setores que mais alavanca a
economia é também um dos que mais vem mudando sua característica frente ao
crescimento das mulheres no mercado de trabalho. No país, a ciência da
engenharia sempre foi marcada pela presença masculina e, por muito tempo, as
mulheres eram consideradas como sexo frágil e incapazes de desempenharem as
atividades que o setor exige. A construção civil e o canteiro de obras sempre
foram considerados como zona de força bruta, ideia que tem sido modificada com
o passar dos anos. Contudo, esse mercado vem apresentando mudanças e abrindo
portas para o crescimento da presença feminina, uma tendência que se fortalece
a cada ano. E, Balneário Camboriú, berço das grandes construções no país,
cidade que lança tendências e supera os desafios da engenharia, também abre
espaço para histórias inspiradoras de mulheres na construção civil.
A FG Empreendimentos é um grande palco para esse
desenvolvimento feminino, conta com 50% de funcionárias em seu time e vem
investindo no desenvolvimento de carreira. Tudo isso, com a mescla de
experiências, como é caso de Vitória Zandavalli Olsen, jovem, com
25 anos, engenheira civil e que compõe a equipe que está construindo o prédio
mais alto das américas, o One Tower. Para ela, o trabalho da mulher no canteiro
de obras é um desafio, é um campo eminentemente masculino, mas isso é o seu
maior combustível. “Nosso principal desafio é a quebra dos paradigmas impostos
pela sociedade, onde muitas vezes a mulher precisa provar merecer seu espaço
muito mais do que os homens, em um ambiente onde a mão de obra é
prioritariamente masculina. Mesmo assim, as mulheres estão sim ocupando seu
espaço com muita competência e qualificação. Sou jovem e acredito nesta
transformação, quero ser uma profissional de referência, encorajar e inspirar
outras mulheres na engenharia, assim como fui e sou encorajada por outras
mulheres e que conquistaram seu espaço nesse mercado”, comenta.
E se para quem
orienta e fiscaliza a segurança de uma obra às vezes é difícil se impor, o que
diríamos para quem adentra um ambiente que era apenas masculino, como faz Geórgia Mirielle da Rocha, técnica de segurança do trabalho. “Aqui na FG
fui notada e pude demonstrar minha essência e dedicação, foco e persistência. Ainda
são muitos os desafios da mulher na construção civil, um deles e pelo simples
fato de ser mulher, alguns homens não entendem que temos hierarquias e que a
mesma deve ser respeitada, independente da sua idade ou gênero, já que lugar de
mulher e onde ela quiser”, aponta.
E muitas vezes o mercado de trabalho
é a concretização de um sonho. É o que conta Rita Aparecida de Jesus Macaneiro,
49 anos, natural de Lages e que se mudou para Balneário Camboriú em busca de um
estilo de vida. Toda vez que passava em na frente de uma obra FG pensava: um
dia ainda vou trabalhar nessa empresa. Sonho concretizado! “Hoje circulando por
diversos ambientes da empresa, me orgulho, é lindo ver mulheres trabalhando na
construção civil. Quero voltar a estudar, aproveitar todas as oportunidades
dentro da empresa”, destaca a auxiliar de limpeza.
Oportunidade que Suelen Pereira da
Silva, tem 39 anos, também soube aproveitar. Atualmente é supervisora de
limpeza na FG. “Lembro que iniciei na empresa como serviços gerais, mas fiquei
nessa função apenas três meses, logo me transferiram para fazer acabamento,
então eu ficava mais junto ao setor de qualidade, foi ótimo, pois aprendi muita
coisa. Sou grata por todos e por todas as oportunidades que me apresentaram. Sou
feliz onde estou e com o que eu faço, e por minhas conquistas, e esse é meu
objetivo: continuar crescendo e provar para outras mulheres que é possível e
que basta querer, e isso nos move”, afirma.
A
analista contábil Andresa Coelho Brum Serpa, 36 anos, é outro exemplo de
desenvolvimento profissional. “É um orgulho, é refletir principalmente sobre as
que me rodeiam, minha mãe, minhas irmãs e colegas de trabalho, é ter a certeza
de que todas são igualmente importantes em suas funções, e que todas se
dedicaram para estar onde estão. As mulheres estão conquistando cada vez mais
um espaço no mercado de trabalho, e isso se deve ao empenho de longos anos, em
que a mulher lutou por poder estudar e se profissionalizar. A construção civil
era vista como um trabalho somente para homens e essa visão vem se
transformando ao longo do tempo, as empresas estão abrindo espaço para que as
mulheres possam ocupar esses cargos, e na FG podemos observar perfeitamente
essa questão, onde as mulheres estão presentes em quase todas as áreas, seja
administrativa ou nas obras”, justifica.
E por falar em inspiração, Bianca Priscila Hespanhol, assistente de
qualidade, sempre teve na família exemplo de mulheres fortes e batalhadoras. “Hoje
aos 29 anos, casada e com minha casa própria, sei o que quero para minha vida
pessoal e profissional e assim como tantas mulheres nesse mundo temos todos os
dias uma nova chance para mostrar que somos mulheres fortes, determinadas e
emponderadas, pois cada uma com seu jeito, certamente fazemos a diferença na
vida das pessoas. Hoje é possível visualizar que a mulher vem cada vez mais
ganhando espaço na construção civil, que apesar de muitos enxergarem a
construção civil como algo robusto e pesado, a delicadeza e o toque feminino
vêm ganhando espaço e se mostrando cada vez mais importante nesse meio”,
pondera.
Simone
Nunes, corretora interna, destaca que cada vez mais vem busca se atualizar e
acredita estar conquistando seu espaço com respeito, amor e resultado. “Busco
sempre o aprendizado, me atualizar, pois o mercado é muito rápido. Tenho
orgulho em fazer parte desta grande empresa que é a família FG, amo minha
profissão! Trabalho com a certeza de poder ajudar a transformar a vida das
pessoas”, pontua.
Para
Dayana Kelly Batista Feitosa, 38 anos, diretora administrativa da FG, o
principal sentimento que norteia o seu dia a dia é o pertencimento. “Posso
afirmar com orgulho que sou muito grata as oportunidades que me foram
apresentadas e que todas elas, absorvi com presteza e dedicação. Quanto a
participação das mulheres no segmento da construção civil, uma área ainda muito
dominada por homens, avançamos muito nos últimos anos e muito temos ainda a
evoluir, há muito preconceito, há uma cultura arraigada sobre o papel da mulher
na sociedade. Vejo tudo como um grande desafio, ainda há muita disputa no
mercado de trabalho, mas acredito que o mercado já evoluiu e vem evoluindo
muito no que diz respeito na presença da mulher na construção civil, inclusive
nos cargos de gerência. Hoje na FG, 50% são ocupados por mulheres, e agora
nesta minha nova função administrativa, pretendo quebrar outro paradigma: o de
uma mulher ocupar um lugar na diretoria, um lugar sempre ocupado por homens.
Então vejo como a mulher tem um olhar mais atendo, de dedicação, para encarar
os desafios do dia a dia”, ressalta.
Segundo dados
do IBGE, em 2018 havia 239.242 trabalhadoras registradas no mercado da
construção civil. Em 2007, esse número era de 109.006, ou seja, teve um aumento
próximo de 120% em 11 anos. Um dos fatores que estimulou o aumento, segundo o
instituto, é a evolução da indústria de construção civil. Com métodos
construtivos automatizados e maior segurança, a prioridade está mais na
qualificação profissional que na força física. A opinião é corroborada pela gerente de DHO da FG, Giselle Hornburg. “As empresas, para crescerem, precisam, cada vez
mais, se redesenhar e se adaptar ao mercado, principalmente, valorizando o seu
capital humano. No último ano tivemos um crescimento de 10% de mulheres em
nosso quadro geral de funcionários, por mérito e competência. A gestão
disruptiva é uma das marcas da FG, que vem investindo não apenas em tecnologia
construtiva, mas também em trazer
para o mercado novos processos que conectem pessoas e produtos”, finaliza.