Agora falta pouco para o Maracanã
ficar de cara nova e ser o único estádio da América do Sul com a combinação de
grama natural reforçada por fibras de polietileno. O material produzido na
Bélgica chegou ao Brasil a partir da importação coordenada pela Prana Comércio
Exterior, de Itajaí. O novo gramado começou a ser implementado no final de
dezembro e essa semana, iniciou a costura das fibras sintéticas à grama natural
do local, com uma máquina alemã de alta tecnologia, também importada pela
empresa catarinense.
O equipamento que vai funcionar 24
horas por dia está sendo operado por quatro técnicos da Lituânia. A estimativa
é que os trabalhos durem duas semanas. “Agora partimos para a última etapa do
processo que é a importação de mais dois equipamentos que foram encomendados na
Inglaterra, para a manutenção da grama de sistema híbrido, que é o mais moderno
do mundo. Estamos muito orgulhosos em fazer parte deste momento histórico no
estádio do Maracanã”, relata o CEO da Prana, Cláudio Emmendorfer que esteve no
Rio de Janeiro acompanhando de perto o início da costura do gramado. As duas
máquinas que ainda vão chegar ao país, vão ser utilizadas para o corte da grama
do Maracanã.
A troca do gramado do estádio mais
importante do Brasil, passou por todo um estudo e um planejamento que começou
em setembro do ano passado, depois que a situação do campo foi bastante
criticada durante a temporada de jogos. Além das condições climáticas que
prejudicaram o gramado, o Maracanã é o estádio que mais recebe jogos no país,
uma média de 90 por ano, ou seja, até três vezes mais do que de outras
cidades.
INAUGURAÇÃO DO GRAMADO
O país deve conhecer o novo visual
do gramado na segunda quinzena de março. As semifinais e finais do Campeonato
Carioca já poderão ser no ‘Maraca’, como é carinhosamente chamado pelos
torcedores e jogadores brasileiros. “Vamos entregar para Flamengo e Fluminense
um dos melhores gramados. Essa alta tecnologia é usada na maioria dos estádios
da Europa e também foi utilizada no estádio que vai receber a final da Copa do
Mundo no Catar, no final deste ano”, conta o CEO do Maracanã, Severino Braga.
Ainda segundo o CEO, a empresa que operou no estádio do Catar, é a mesma que
está trabalhando na costura das fibras sintéticas no estádio do Rio de Janeiro.
O Maracanã vai passar a ter um
gramado com mais qualidade, sustentação e resistência. Com a fibra sintética, a
bola vai rolar melhor e vai dar mais estabilidade aos jogadores, reduzindo
assim o risco de lesão. O investimento pago pelo Maracanã é de R$ 4 milhões.