O novo
perfil de consumo imobiliário impulsiona investimentos no litoral norte de
Santa Catarina, mais especificamente nas cidades de Porto Belo e Itapema. Com
um mercado cada vez mais dinâmico e atualizado, focado em atender os mais
variados públicos – sem deixar de lado as tendências, as construtoras têm
procurado investir em imóveis voltados às necessidades de moradores com maior
experiência de vida, a Terceira Idade, agora também chamados de novos idosos.
“Durante
anos, no segmento residencial, o grande foco das construtoras e imobiliárias,
foi o público jovem e principalmente casais, recém-casados ou com filhos. Mas o
cenário da sociedade está mudando e surge a necessidade de adaptação”, explica
Cesar Zanon, presidente da Phacz Empreendimentos, que há 15 anos contribui para
o desenvolvimento imobiliário catarinense.
Nesse
sentido, há também a preocupação com a qualidade de vida, um potencial
mobilizador para a busca por novos imóveis. A tendência é que o crescimento do
número de idosos, supere cada vez mais os números em relação à população jovem.
Até 2060, a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), é de que a cada quatro brasileiros um será idoso. Se a atual
expectativa de vida é de 72 anos para os homens e 79 para as mulheres, até lá
será de 77 para eles e 84 para elas. Essa nova realidade amplia as fronteiras
do que se conhece por “terceira idade” e requer novas formas de pensar. Segundo
a agência UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas), ligada à ONU, isso não
se aplica apenas ao Brasil, mas a todos os países, de maneira geral.
“Assim,
com o aumento no número de idosos e a procura por qualidade de vida, urge a
necessidade de um novo mindset dos empreendedores para atender esse nicho. E
mais, os investidores apostam em empreendimentos com diferenciais e que mesclem
sustentabilidade, rentabilidade e pensamento a longo prazo”, pontua Zanon.
Com PIB
per capita (IBGE 2019) na 44ª posição nacional, Porto Belo destaca-se pelo
perfil turístico valorizado pelo ecoturismo e oito praias com ampla faixa de
areia e mar balneável, que propiciam a prática de exercícios físicos e ao ar
livre e contato com a natureza, que por si só são responsáveis pela redução de
estresse e aumento da felicidade, de acordo com recente estudo da Universidade
Federal de Brasília. Marcos Araújo, consultor no mercado imobiliário, “ficou
mais legal ser vizinho do sabiá, do beija-flor, das ondas do mar”.
O destino
de férias é visto, atualmente, como a alternativa ideal para morada permanente
e cuidado com o bem-estar. Ao saírem do perímetro urbano, os consumidores se
encantam com o avanço urbanístico, a verticalização que moderniza os balneários
e a facilidade de serviços como alimentação, conexão com a internet e o contato
com a natureza. O meio ambiente é importante para os consumidores imobiliários,
80% deles colocam este quesito como prioridade, conforme recente pesquisa
publicada pela Brain Inteligência Estratégica.
“Nos
últimos meses, a procura por imóveis para esse perfil de compradores cresceu na
ordem de 40% e a tendência é que tenhamos cada vez mais busca, principalmente
por demanda de troca de moradia. A melhor idade está em busca de condomínios
com equipamentos mais modernos, que proporcionem um maior cuidado com a saúde e
tenham mais opções de lazer”, explica a gerente comercial da construtora, Luiza
Lagemann.
Outro
fator a ser observado – e que a pandemia potencializou é a migração para
imóveis mais novos e mais modernos e, que ofereçam espaços ao ar livre. Nesse
contexto, o Blue Forest, único empreendimento com certificação Leed em Santa
Catarina e que foi projetado com todos os pilares de sustentabilidade –
trazendo uma floresta suspensa a mais de 20 metros de altura, vem chamando
atenção no mercado, com potenciais compradores de toda região sul e sudeste do
país.
“Além de
segurança e acessibilidade, a preocupação com a saúde física e mental é uma das
nossas premissas e assim, a integração com a natureza vai muito além do cultivo
de hortas. Esse novo olhar que está contribuindo para a sustentabilidade, já
está presente nas nossas cidades, nos nossos bairros, nas nossas casas. Estamos
voltando às origens, valorizando tudo aquilo que durante muitos anos as pessoas
não valorizavam, ou seja, a natureza e todos os benefícios que ela nos traz”,
comenta Zanon.
A empresa
vem apostando em novos formatos na construção civil. “Os chamados projetos
biofílicos, desenhados também pensando na melhor idade, estão aumentando dentro
do cenário urbano, com construções que buscam incorporar características
naturais em seus projetos, na busca por soluções sustentáveis que vão desde a
ventilação, luz e vegetação”, finaliza o presidente da Phacz Empreendimentos.