No dia 18 de março será realizada uma
Live em homenagem ao Dia do Marceneiro, às 19h30 via Youtube Arauco Brasil. Com
as participações especiais do arquiteto Marcos Parino, o especialista da Arauco
Alexandre Romero e a marceneira Verônica Braga.
Empresa parceira do marceneiro
A Arauco, que em seu site conta com
um espaço para orientar marceneiros de primeira viagem (e também com um pouco
mais de estrada) a desenvolver projetos próprios, entende o profissional da
marcenaria como aquele que transforma desejos em realidade em objetos que são
fundamentais no dia a dia – ou é possível imaginar ambientes funcionais,
confortáveis e aconchegantes sem mobiliário?
Conheça a história dos marceneiros
Verônica Braga e Márcio da Silva
No Dia do Marceneiro, Verônica e
Márcio são exemplos práticos e de sucesso de uma profissão que tem
transformação no DNA. E que a companhia, produtora de painéis e madeira
utilizadas pela indústria moveleira, construção civil e de embalagens, vê como
um de seus principais parceiros, porque é das mãos dele que produtos Arauco
fazem sonhos se tornarem realidade.
“Ser marceneiro é ter o poder de
transformar”, afirma Verônica Braga, instrutora de marcenaria e designer de
interiores. Houve um marceneiro que herdou a profissão do pai e que, certa vez,
transformou água em vinho, depois deu início a um novo calendário e mudou a
história da humanidade.
“O marceneiro tem a habilidade de
transformar a madeira, ou o substrato dela, em peças que são o sonho ou o
desejo de milhares de pessoas”, prossegue Verônica. “Mas a marcenaria tem o
poder também de transformar as pessoas que exercem essa profissão. Então, a
transformação é o que basicamente ela nos proporciona, de uma forma ou de
outra”, filosofa ao celebrar o significado do marceneiro, que ganhou o dia 19
de março para ser homenageado.
O documento “Profissiografia de
Marcenaria”, parte da revista “Arquivos Brasileiros de Psicotécnica”, que
circulou entre 1949 e 1968 – hoje disponível na biblioteca digital da Fundação
Getúlio Vargas – informa sobre documentos antigos relativos ao exercício da
marcenaria na fundação da cidade de Mênfis, cidade do Antigo Egito, 500 anos
antes de Cristo.
Outros documentos apontam para a
existência de oficinas de marcenaria pela Europa no ano de 1500. Hoje, a
profissão remete tanto ao realizado naquela oficina no fundo de casa, com uma
bancada e algumas ferramentas para o reparo e a construção de móveis e objetos
do cotidiano, quanto ao Salão de Milão, que desde 1968 reúne o estado da arte
da marcenaria, reúne em média 2.500 marcas internacionais e até 300 mil
visitantes por edição e movimenta milhões em negócios por ano.
Entre uma ponta e a outra, de
universos tão diferentes, uma infinidade de possibilidades, que envolve
obrigatoriamente pesquisa, inovação, tecnologia de ponta e sustentabilidade. A
mesma raiz entre todas elas: a madeira, a transformação e a capacidade de
realizar sonhos por meio de objetos do cotidiano.
No ano passado, o setor moveleiro foi
o segmento que apresentou maior crescimento no volume de vendas, segundo dados
da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Na comparação com 2019, a variação foi de 11,9%. É das mãos
do marceneiro, cujo dia é comemorado em 19 de março, que sai boa parte da
produção de um dos setores mais importantes da economia do país.
Brilho nos olhos
“Não fabricamos móveis; participamos
diretamente dos sonhos das pessoas”, reflete Márcio Irineu da Silva, hoje
proprietário de uma marcenaria em São Paulo. Márcio, que não vem de uma família
de marceneiros, como é comum na profissão, decidiu pelo trabalho com madeira
quando viu a necessidade de ter um móvel para a lavanderia de casa. “Me
arrisquei a fazer sozinho”, lembra.
Vencido o primeiro desafio, decidiu
se matricular no curso de marcenaria do Senai. Passou também a frequentar
oficinas de amigos para aprender e pegar dicas sobre o trabalho com a madeira.
No começo, nos fundos da casa onde morava, faltavam ferramentas, mas sobrava
disposição e vontade de aprender. “Para trabalhar, eu precisava subir uma
escada. Produzia, depois desmontava tudo, descia a escada e levava para montar
na casa do cliente”, relembra.
Hoje, dono de um pequeno
empreendimento, conta com uma equipe de três marceneiros para desenvolver os
projetos que recebe como encomenda. A ele, cabe o contato inicial com os
clientes e a administração do negócio. A satisfação com o trabalho concluído continua
a mesma dos dias no fundo do quintal de casa. “O que mais gosto de ver é a
satisfação do cliente quando produzimos um móvel. Ali a gente vê o sorriso, o
brilho nos olhos quando ele diz que ficou melhor do que imaginava. Desta forma
a gente acaba participando do sonho do cliente”, comemora.
Poder de criação
Há dez anos na marcenaria, Verônica
cresceu vendo os pais transportarem, na Rua do Gasômetro, no tradicional bairro
paulistano do Brás, materiais que acabam tendo como destinos marceneiros e marcenarias.
Trabalhou ainda como transportadora de móveis. Veio dali a paixão pelo trabalho
manual e o desejo de usar a criatividade para transformar.
“Sempre quis fazer trabalhos com as
mãos”, conta. “Em toda profissão você realiza alguma coisa, mas poucas te dão
tanta satisfação com o resultado final como a marcenaria. Quando você faz um
móvel, vê ali a realização do seu trabalho, na estrutura do móvel, na
funcionalidade, é de fato uma criação. É o poder da criação que a marcenaria me
traz”, resume.
Professora de Marcenaria, Verônica é
atualmente referência nacional em empreendedorismo feminino. Transformou a
paixão pela transformação em profissão e ensina quem compartilha dos mesmos
sonhos e vontades a arregaçar as mangas e deixar a criatividade pautar o trabalho.
E vê no trabalho de recuperar móveis esquecidos e abandonados não só a
possibilidade de dar a eles novas funcionalidades como botar em prática o
conceito de sustentabilidade. Não se desperdiça nada; tudo pode ser
reaproveitado, ganhar novas características e voltar a fazer os olhos
brilharem.