Aos oito anos, quando brincava de
baixar e aumentar o som do carro – que sempre tocava um som eletrônico durante
as viagens para o Litoral com os pais –, Carol Seubert nem sonhava que se
tornaria a primeira DJ mulher catarinense a subir no palco do Lollapalooza. Da
brincadeira de criança, passando pela fase de “DJ oficial” nas festas dos
amigos, não passou muito tempo até ela perceber que tinha talento para a
discotecagem. Hoje, aos 23 anos e com cinco anos de carreira, a DJ e produtora
blumenauense já passou pelos melhores festivais do Brasil e de outros países e
vem conquistando cada vez mais espaço em um cenário majoritariamente
masculino.
Com sets dinâmicos e envolventes,
misturando lançamentos autorais com hits que não deixam ninguém parado na
pista, Carol já tocou na China, Croácia, Itália, Costa Rica, México, República
Dominicana e Paraguai. Apontada como um dos nomes mais promissores da cena
eletrônica atual, em 2019, foi nomeada a representante brasileira pela revista
DJane Mag BR, realizando um show na cidade de Chengdu, na China, para 2 mil
pessoas. Em 2021, lançou a “Booty Down”, primeira collab de mulheres
pela label Mix Feed, rompendo barreiras e ajudando a levantar a bandeira da
representatividade feminina no Brasil.
Além de ter passado pelos principais
festivais eletrônicos e festas do Brasil, já tocou para grandes marcas como
Cartier, Louis Vuitton e Calvin Klein. Em Santa Catarina é presença frequente
em clubs badalados como Green Valley e as melhores casas de Jurerê
Internacional.
Conquistando fãs por onde passa, Carol
agora levará o nome de Blumenau para os palcos de um dos maiores festivais de
música do mundo. Em março, no dia 26, a DJ catarinense se apresentará na última
noite do Lollapalooza Brasil, ao lado de nomes como Drake, Rosalía, Armin van
Buuren, Alison Wonderland, Tove Lo, Aurora, L7NNON, The Rose, Cigarettes After
Sex, Rashid, entre outros artistas nacionais e internacionais. Para Carol,
fazer parte do line-up de um festival como o Lolla é mais do que um sonho. “Eu
lembro de assistir ao show da Ellie Goulding pela TV em 2014 e sonhava em
simplesmente estar na plateia do festival. Agora eu vou estar lá, só que
tocando ao lado de nomes como o Drake… Imagina!”, conta orgulhosa.
Da plateia para o palco
Em 2017, um ano antes de começar a
trajetória como DJ, foi a sua primeira vez ao vivo no festival. “É uma história
engraçada… Naquele ano, estava participando do Miss Blumenau e um amigo me
convidou, meio em cima da hora, para ir ao festival. E adivinha, era justamente
no fim de semana da final do concurso. Resultado, nem pensei muito, desisti do
Miss e peguei um ônibus pra São Paulo. Na época, era menor de idade e tive que
inventar em casa que ia fazer um trabalho de modelo em uma convenção”, relembra
aos risos, dizendo que até hoje os pais não sabem dessa história.
Seis anos depois, Carol vai
experimentar mais uma “primeira vez” no Lolla, só que agora no palco. “Estou
superansiosa. Desde o ano passado, venho fazendo todo o trabalho de criação do
show, de identidade do telão, iluminação, efeito e trabalhando nas músicas. A
ideia é fazer um set bastante autoral, com músicas próprias ou em colaboração
com outros artistas. Também vou abrir espaço para uma cantora brasileira se
apresentar comigo no show. Lancei essa ideia no Instagram e estão vindo muitos
nomes legais. Acho que vai ser incrível”, comenta.
No momento, Carol também se prepara
para lançar o seu primeiro EP, pela gravadora This Aint Bristol, previsto para
abril. Entre os trabalhos futuros está ainda uma temporada em Ibiza (Espanha),
no mês de agosto.
Sobre a artista
Carol Seubert é uma DJ e produtora
natural de Santa Catarina que já conta com mais de 1 milhão de plays
apenas no Spotify e suportes de grandes nomes da música eletrônica nacional e
internacional, como Tchami, KVSH, Dubdogz, Westend e Saffron Stone. Foi a
primeira brasileira a lançar na label holandesa Groove Bassment e também
na inglesa Blanc. Em 2021, lançou a “Booty Down”, primeira collab de
mulheres pela Mix Feed.
A energia de suas tracks é traduzida
em suas apresentações, com performances sempre repletas de dinamismo e energia.
Transitando entre o House e o Tech House, Carol já passou por
grandes clubs e festivais como Green Valley, Café de La Musique,
Sollares, Belvedere, MOB e P12.