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Stylist brasileira Stephanie Wengerkiewicz fala sobre os bastidores da moda e trabalho no exterior

20/02/2023    Karla Cruz

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Você já se perguntou como funcionam os bastidores da moda? De que forma são produzidos ensaios fotográficos e campanhas de grandes marcas? Desde que filmes como “O Diabo veste prada”, e séries como “Sex and the city” começaram a penetrar ainda mais no universo pop, o público começou a se interessar em como funcionam os bastidores do mundo fashion e se realmente as telas retratam a realidade. 
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Falamos com a stylist brasileira Stephanie Wengerkiewicz, que desenvolveu projetos internacionais para a Vogue Rússia e a Forbes Brasil, além de trabalhar com nomes como Agatha Moreira, Rodrigo Simas e Zabele?, que contou mais sobre como funciona o backstage dos ensaios de revistas, sites e campanhas. Atualmente, ela é uma das responsáveis por dois desfiles no New York Fashion Week (NYFW).
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Por trás de cada look marcante, existe um profissional responsável por encontrar as peças certas de roupa, vestir os modelos e criar o ambiente necessário para o ensaio - este é o trabalho de Stephanie. 
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Start na ideia: o trabalho não é tão simples como parece, e vai muito além de escolher a roupa certa. Estamos falando de um processo criativo, onde só a preparação pode levar dias. Normalmente, o diretor ou fotógrafo apresenta um moodboard (mural visual), que traz a ideia de maquiagem, cabelo, pose, roupa e iluminação. E a partir daí temos todos os elementos relevantes que vão servir de base para a construção do projeto, e é importante que toda a equipe esteja de acordo.
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Shooting (ensaio fotográfico): Após a preparação é realizado o shooting - que consiste no ensaio fotográfico e nas gravações. Aqui muitas coisas costumam dar erradas, por isso é preciso estar atento aos detalhes e prevenir qualquer problema. Precisamos acompanhar o processo do começo ao fim. Se existe algum problema que a roupa está dando, não dá para contar que a edição vai resolver, até porque muitas vezes o tempo de entrega das fotos finais é curtíssimo. 
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Look a mais: se a produção é de seis looks, levamos ao set opções que dariam mais do que o dobro ou triplo, como uma garantia de aproveitar o melhor do que temos disponível e se algo acontecer, temos opções extras para isso. Durante o ensaio, é bem comum uma ideia de visual não funcionar durante a foto e precisar readaptar a roupa, principalmente se existe alguma proposta ou movimento de importância a ser mostrado.
 
Cuidado com as roupas: no final das gravações é realizado o procedimento de devolução. Como a maioria das peças utilizadas são emprestadas pelas marcas, é preciso garantir que todas retornem ao seu lugar de origem da mesma forma que chegaram. É um serviço bem pesado. Pesado de carregar roupa pra lá e para cá, subir e descer escadas nessas estações antigas que não têm elevador. O glamour fica mesmo para quem consome moda. A vida é uma mistura de “Diabo Veste Prada” com “Sex and The City”. Já ganhei um guarda-chuva de presente de um desconhecido no meio de uma tempestade e fiquei doente enquanto fazia 13 retiradas pela cidade, em pleno inverno. 
 
Sobre Stephanie Wengerkiewicz:
 
Nascida e criada no Brasil, Stephanie Cleto Wengerkiewicz trabalha com moda desde 2013. Ao longo dos anos, adquiriu experiência como stylist, coordenadora de moda, designer, criadora de conteúdo, produtora executiva, consultora de moda e gerente comercial. 
 
Além de participar das produções, Stephanie oferece orientações para marcas, com base na sua experiência de mercado. Para ela, não basta apenas ter um produto, mas saber como e onde vende-lo. 
 
- É preciso entender o que torna cada produto interessante. A orientação é feita através de coleções já desenvolvidas e como podemos explorar o produto de casa designer, afinal de contas, nem sempre o que está nas passarelas e capas de revista é o que está na loja - completa.
 
O amor pelo universo da moda vem desde a infância - quando a curitibana desenvolvia desfiles caseiros durante as férias de verão, utilizando as roupas da sua avó, dona Liliany.
 
- Tenho lembranças de escolher minha própria roupa aos nove anos e querer montar meu look desde então. Tinha admiração pelo guarda-roupa da minha mãe nos anos 2000, mas via isso ainda como um hobbie. Eu achava que a moda era criar roupa, vender e comprar. Não fazia ideia do universo imenso que existia por trás e que ele engloba.
 
Desde 2021 Wengerkiewicz mora em Nova York, nos Estados Unidos, onde dedica seu tempo entre desfiles e styling.
 
- Em fevereiro teremos o New York Fashion Week (NYFW), onde vou acompanhar dois desfiles, um da plataforma de bolsas Designer Bag Exchange e outro da loja Flying Solo. Além disso, também estou fazendo styling para a influencer Flávia Cavasotti e tenho um desfile ainda por vir em Paris - finaliza.
 
Mais sobre Stephanie Wengerkiewicz pelo https://stephaniewengerk.com 
 
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