A chegada do verão e
das altas temperaturas aumentam a circulação de pessoas em praias e piscinas, e
acende o alerta para os cuidados com a exposição solar e o aumento nos casos de
câncer de pele.
O
Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que serão mais de 2 milhões de
diagnósticos de câncer entre 2023 e 2025, no Brasil. Destes, o câncer mais
incidente continua sendo o de pele não melanoma, com 31,3%, superando os de
mama (10,5%) e próstata (10,2%).
A dermatologista
Naiana Sá alerta sobre a
importância dos cuidados desde os primeiros anos de vida. “O dano causado pelo
sol é progressivo e cumulativo. Os bebês de até seis meses devem evitar ao
máximo se expor. Acima de seis meses, sempre em horários próprios, com proteção
solar adequada à idade e com acessórios que limitem a incidência dos raios
solares sobre a pele, como chapéus, óculos e roupas com proteção UV”, destaca.
Ela
ainda reforça que os pequenos devem estar protegidos durante todo o ano e não
somente nas férias. “As crianças costumam brincar em parques, fazer atividades
físicas ao ar livre e, muitas vezes, os pais esquecem que essa exposição pode
ser prejudicial. O dano imediato é a queimadura, que só será percebida pela
criança depois que o dano já tiver sido feito na pele, e os efeitos a longo
prazo são ainda mais preocupantes. Apenas cinco ocorrências de queimaduras de
sol intensas até os 20 anos podem aumentar o risco de melanoma em 80%”, alerta.
O
melanoma tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. Em geral,
tem a aparência de uma pinta ou de um sinal na pele, em tons escuros. Porém,
mudam de cor, formato ou tamanho, e podem causar sangramento. Com o diagnóstico
precoce as chances de cura são de mais de 90%. “A realização de visitas
periódicas ao dermatologista e a disciplina com os cuidados diários de proteção
solar são essenciais para monitorar, obter um diagnóstico precoce com grandes
chances de cura e também passar esse legado de geração em geração”, frisa Naiana.
“Não
espere até sentir na pele’
O
tema deste ano da campanha Dezembro Laranja é ’Não espere até sentir na pele’.
Organizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), tem como objetivo
reforçar os cuidados como formas de prevenção e destacam a importância do
diagnóstico precoce da doença. O Brasil é um dos países com maior índice de
radiação solar do mundo e a prevenção é o melhor caminho para diminuir os casos
de câncer de pele.
Saiba
como se proteger
· O protetor solar deve ser usado durante todo o ano,
com fator mínimo 30. Deve ser reaplicado a cada duas horas durante a exposição
solar.
· Acessórios como chapéus, camisetas com fator de
proteção e óculos escuros reforçam a proteção.
· Evite a exposição solar e permaneça na sombra entre
10 e 16 horas.
· Opte pelo uso de barracas feitas de algodão ou
lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta.
· Observe regularmente a própria pele, à procura de
pintas ou manchas suspeitas;
· Visite o dermatologista.