A pandemia ainda não acabou, mas o
mercado imobiliário segue em ascensão. Ao contrário do que diziam as projeções,
o setor imobiliário foi um dos menos impactados durante a pandemia do novo
coronavírus, mas ainda assim, como em todos os demais setores, os profissionais
precisaram se adaptar ao novo cenário.
Em Florianópolis, na manhã da última
quinta-feira, dia 15, durante a terceira edição do Cenário Imobiliário 2022, os
convidados receberam, literalmente, uma aula do Giancarlo Nicastro, CEO da
SiiLA, uma plataforma de inteligência de mercado que serve o setor imobiliário
comercial do Brasil. Com a palavra, Nicastro trouxe dados e apresentou os
principais desafios e soluções que as grandes empresas investiram durante o
período da pandemia, a exemplo do home office.
“O home office foi uma nova
maneira de dar continuidade ao trabalho durante a pandemia, mas o ser humano
precisa de contato, de troca. A medida que a vida foi voltando ao normal, foi
possível perceber que o trabalho em home office já não apresentava uma alta
performance como antes, trazendo à tona a necessidade do retorno, e muitos têm
optado pelo sistema híbrido”, comenta Nicastro. Com muita expertise, o CEO da
SiiLA compartilhou informações importantes e relacionadas ao futuro dos
shopping centers e dos novos “escritórios boutiques” que nada mais é do que
espaços super bem localizados projetados para atender clientes exclusivos.
Depois de algumas interações dos
convidados com o palestrante, foi a vez do Daniel Malheiros, sócio da RBR Asset
Management e responsável pela área de Investimentos Internacionais com foco
especial ao mercado de NY, seguir com a palavra. De acordo com Malheiros, há um
momento "ímpar" para a compra de ativos em Nova York. De um lado, os
aluguéis residenciais em Nova York ainda sobem, com pressão de uma demanda
forte, enquanto do outro, os preços de venda dos imóveis têm tendência de
queda, com o maior custo de financiamento devido à subida de juros para
controlar a escalada da inflação nos Estados Unidos, o que afeta diretamente o
segmento.
“O momento para comprar ativos em Nova York é ímpar. Levemente, os
preços dos imóveis já estão começando a cair", afirma Malheiros. O trabalho
da RBR é captar recursos com famílias de alto nível financeiro no Brasil e
empresas de family offices para investir em imóveis residenciais em Nova York.
A gestora compra, reforma, aluga e depois vende os imóveis (retrofit). Uma
combinação de localização, retorno e baixo risco. Ao final, Malheiros traçou um
paralelo com o mercado brasileiro, apontando as oportunidades de investimentos.
O evento, coordenado pelo escritório
Paula Farias Advocacia, reuniu um time de empresários, corretores de imóveis,
advogados e investidores, no Majestic Palace Hotel, que discutiram o cenário e
tiveram acesso aos dados mais importantes do setor.