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Instabilidade nas taxas de juros favorece negociações direto com as construtoras

22/11/2021    Gustavo Siqueira

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O mercado imobiliário, principalmente de luxo, vem registrando fortes altas. Segundo dados da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), a melhora nas negociações de imóveis de médio e alto padrão garantiram ao mercado de incorporação o melhor resultado em 2020 nas vendas desde maio de 2014. O setor registrou um crescimento de 32% em 2021 nas vendas de imóveis de luxo. Além disso, há uma projeção de alta de 20% até 2023. Neste cenário, tanto investidores quanto consumidores que buscam realizar o sonho da casa própria, passam a ter no radar uma nova preocupação: a oscilação das taxas de juros e a inflação. Projeções mostram que a taxa Selic deve chegar nos 8% ainda este ano, patamar que não era visto desde 2017. Assim, o juros do crédito imobiliário deve subir para casa dos 12%. Com isso, a negociação direta com as construtoras ganha mais espaço no mercado.
 
Com a taxa básica de juros em 7,75% ao ano e em tendência de alta, bancos públicos aumentaram as tarifas cobradas para financiamento imobiliário desde setembro – e os privados sinalizam que reajustes nas tarifas podem ocorrer ao longo dos próximos meses. A expectativa é que o custo do crédito para a compra de imóveis volte a ficar mais caro a partir de 2022, já que as taxas devem voltar ao patamar de dois dígitos. De acordo com o Banco Central, os juros médios das operações de crédito imobiliário ficaram em 7,42% ao ano em setembro. Em agosto, o percentual foi de 7,16% ao ano.
 
Segundo o economista Guilherme Alano, o financiamento direto com o vendedor, no caso de imóvel, com a construtora e incorporadora, pode ser sim vantajoso para o consumidor, diante da alternativa de financiamento através de uma instituição financeira terceira, como um banco. “As principais vantagens são a facilidade na aprovação do crédito, que tem ficado mais restrito na maioria das instituições financeiras pela crise econômica provocada pelo coronavírus e subida dos níveis de inadimplência. Entretanto, o principal diferencial que vai determinar qual é o caminho mais vantajoso, vai ser o custo efetivo da operação. Ele envolve majoritariamente os juros do financiamento, mas também outros custos escondidos, como taxa de abertura de conta, seguros obrigatórios entre outros”, aponta.
 
Diante deste cenário, a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) prevê uma alta próxima de 10% nos financiamentos imobiliários em 2022, já considerando taxas maiores. Para este ano, a expectativa é de um crescimento de 57% no volume de empréstimos, chegando ao recorde histórico de R$ 195 bilhões.
 
No litoral norte de Santa Catarina, Balneário Camboriú vem corroborando os dados nacionais, impulsionando inclusive a média nacional de vendas. A cidade passou a ocupar a terceira colocação no índice que assegura a valorização imobiliária. Segundo o FipeZap, pela primeira vez Balneário ultrapassou Brasília e ficou em terceiro lugar entre os imóveis mais caros do Brasil. À frente estão São Paulo e Rio de Janeiro. A valorização vem impulsionada pelas recentes transformações na cidade, como o alargamento da praia central e a revitalização de todo projeto paisagístico. A expectativa do segmento é que a valorização média, após o alargamento, seja imediata e de até 20%, levando em conta cálculos da consultoria norte-americana Appraisal Institute para empreitadas similares. E esses números já se refletem na prática. A FG Empreendimentos, que figura como uma das principais construtoras do país, assinando seis dos 10 prédios mais altos do país, obteve resultado recorde de vendas no último trimestre, compreendendo os meses de julho, agosto e setembro, obtendo crescimento em vendas de 81,63%, comparado ao mesmo período de 2020. Com o aquecimento do mercado, a construtora reativou no mercado sua campanha Moeda Forte, facilitando a negociação direta e o parcelamento em até 100 vezes.
 
“Historicamente, os imóveis vêm figurando como um dos principais bens em índices de valorização. Nesta modalidade direta, o cliente tem assegurado a credibilidade da construtora e sua sustentabilidade financeira. E, com essas projeções de juros podendo chegar no patamar dos 11%, uma parcela direta com o banco pode ter impacto mensal, em média, de 40%, nos financiamentos a longo prazo”, comenta Altevir Baron, diretor de mercado e marketing da FG Empreendimentos.
 
No início da pandemia, a empresa lançou a primeira edição da campanha Moeda Forte, registrando um ótimo resultado. Em 2019 a FG Empreendimentos possuía um Market Share em Balneário Camboriú de 27%, em 2020 já apresentou crescimento expressivo elevando este indicador para 39% das vendas totais realizadas na cidade, e no ano de 2021 do período de janeiro a outubro a empresa atingiu 45% do market share, consolidando sua participação no mercado imobiliário da região. No ano de 2020 a companhia atingiu 115% da meta de VGV (Valor Geral de Vendas) e em 2021 já atingiu quase a totalidade de sua meta entre janeiro a outubro. Vale ressaltar também que em setembro de 2021 a FG Empreendimentos bateu o recorde histórico de vendas da companhia desde 2014, atingindo 160% da meta mensal.
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