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Dia da Mulher Empreendedora: desafios e possibilidades

17/11/2021    Gustavo Siqueira

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As mulheres empreendedoras já são mais de 30 milhões no Brasil, segundo dados da Global Entrepreneurship Monitor. O índice representa 48,7% do mercado empreendedor. Conforme levantamento da Rede Mulher Empreendedora (RME), houve um aumento de 40% no número de novas empreendedoras em 2020, durante a pandemia. Neste ano, o Dia da Mulher Empreendedora, comemorado em 19 de novembro, vem acompanhado de um cenário em evolução quando se trata da participação feminina no empreendedorismo brasileiro.
 
Christiane Schildwachter Buerger, primeira mulher a chegar ao cargo de vice-presidente da Associação Empresarial de Blumenau (Acib) e participante do Grupo Mulheres do Brasil, acredita que a situação da mulher em nosso país ainda é muito vulnerável. Na opinião dela, o empreendedorismo feminino pode ser uma saída para a independência financeira da mulher. 

"Para isso, é necessário estimular as meninas desde jovens, mostrar a importância do estudo e incentivá-las. Elas precisam acreditar que é possível ter uma vida melhor do que a realidade em que se encontram”, afirma.
 
Liderança feminina

A empresária, que é diretora presidente da Ártico Indústria de Refrigeração, também observa que as mulheres ainda não ocupam cargos de liderança de forma igualitária. “O percentual de mulheres que fazem parte de conselhos de empresas no Brasil é baixíssimo. As mulheres são pouco lembradas para esses cargos. Muitas mulheres sofrem limitações, tanto na vida pessoal como profissional”, opina.

Carolina Valle Schrubbe, fundadora da Quare Organizações, que saiu de um emprego público para empreender na área de desenvolvimento de lideranças, acredita que um dos maiores desafios da mulher empreendedora é a tendência à masculinização. 

"Eu vejo que se posicionar como mulher, demonstrando o diferencial que há no jeito feminino de trabalhar, é um grande desafio’, ressalta.
 
Virando o jogo

Em um mundo corporativo ainda predominantemente masculino, algumas empresas são exceção. A Presse Comunicação, agência de assessoria de imprensa sediada em Blumenau e com unidade em Tubarão (SC), foi fundada há 13 anos por duas sócias - Cristiane Soethe Zimmermann e Fernanda Souza Momm -  e tem o time formado apenas por mulheres. Cristiane destaca alguns desafios enfrentados no dia a dia da mulher empreendedora. 

"A começar pela percepção social, que nem sempre é favorável às mulheres. Ainda existe muito sexismo, muita gente ainda duvida da nossa capacidade empreendedora. Além disso, um outro fator que pode ser uma barreira para o empreendedorismo feminino é a nossa múltipla jornada. Tendo ou não uma rede de apoio, nós acabamos abraçando muitas funções, acarretando uma sobrecarga física e emocional”, relata. A empresária e jornalista começou a empreender com 26 anos de idade e diz que foi preciso muito esforço e persistência, sobretudo no início da carreira, para se posicionar como uma jovem mulher empreendedora no mercado. 

Fernanda conta que, ao abrir sua primeira empresa aos 23 anos, um grande desafio foi entender o negócio como sua carreira profissional. “Os jovens, especialmente as mulheres, não são capacitados para serem empreendedores. Muitos saem da faculdade em busca de um emprego com carteira assinada e deixam de lado oportunidades valiosas”, comenta.
 
Destaque na área de TI

Irene da Silva também é um exemplo de mulher que se posicionou em um ambiente que até pouco tempo era dominado pelos homens. Ao lado do marido, Carlos D´Ávila, em 2006, fundou a Ellevo Soluções, pioneira e referência nacional no desenvolvimento de soluções em tecnologia para gestão de atendimento e serviços, automatização de processos, help desk, service desk e serviços compartilhados. Em 2017, ela assumiu o papel de CEO com o propósito evoluir a tecnologia e melhorar a experiência do cliente. Hoje, algumas das empresas mais inovadoras no uso de TI no Brasil usam as soluções da Ellevo, que está presente em 22 países, com unidades de negócios em Blumenau (SC) e São Paulo (SP), além de escritório nos EUA.
 
Buscando o próprio espaço

Myrella Sabrina, à frente da rede Portus Padaria Artesanal, acredita que o principal desafio para a mulher empreendedora é buscar o seu espaço e a consolidação da trajetória que vem sendo construída em todo o mundo pelas mulheres. "Estamos cada vez mais capacitadas para fazer a diferença nas organizações, sobretudo como empresárias, à frente de um negócio”, observa. 

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