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Alunos de SC desenvolvem projetos para deficientes físicos e são selecionados para a Mostratec - Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia

29/10/2021    Rosilene Bejarano

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A criatividade e a inovação foram ingredientes que moveram jovens entre 13 e 15 anos a criarem projetos em prol de pessoas com deficiência física, em Joinville/SC. Os estudantes da Coree International School tiveram o desafio lançado no início deste ano para apresentarem agora em outubro na Feira de Ciências da escola (Eureka Science Fair). O resultado foi a seleção de quatro trabalhos para a Mostratec - Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia -, considerada a maior da América Latina, que ocorre nesta semana. Neste ano, 500 trabalhos serão apresentados de 14 países e 17 estados do Brasil.
Por meio da pesquisa, os alunos apresentaram soluções inovadoras que impactam a comunidade. Um dos projetos selecionados é de um óculos acoplado a um medidor sonoro. Direcionado para pessoas com deficiência auditiva, o grupo - formado por Natália Aguiar Denatti, Peter Mohr e Luiza Matias de Souza, todos de 13 anos - decidiu incluir no óculos medidores que emitem um alerta sonoro por meio de uma luz de LED nas cores verde, amarelo e vermelho. “Se o ruído for muito alto, por exemplo, a luz vermelha acende e fica possível perceber que existe um sinal de alerta ali. A gente quis fazer algo que fosse realmente útil e acessível para as pessoas”, conta Nathália.
O acessório, segundo os jovens, é leve e pode ser adaptado para pulseira ou outro objeto de uso pessoal. Para chegar neste resultado, os estudantes utilizaram da programação e de estudos referentes aos níveis de surdez. “Percebemos que qualquer projeto nesta linha custa em média U$ 4 mil dólares. O nosso sairia em torno de R$ 100 a R$ 500 reais”.
Outro trabalho de destaque é uma bengala que emite som, feita para os deficientes visuais. O grupo das alunas Maria Izabel Darolt Pereira, Manuella Varini Anton e Luisa Martinello, 13 e 14 anos, desenvolveu essa bengala com sensor, que detecta quando há objetos no caminho. O protótipo foi feito com tubo de PVC e existem cores diferenciadas das bengalas para que a comunidade identifique o grau de deficiência das pessoas. “A bengala emite um som, caso exista algum obstáculo na frente. É uma forma de evitar acidentes”, completa Luisa.

Do empreendedorismo a sustentabilidade
Os outros três trabalhos dos alunos da Coree International School selecionados para a Mostratec, também têm soluções diferenciadas para os mais variados ramos. Três meninas de 15 anos - Giovanna Sayuri Riscalli, Yasmin Krieger e Fernanda Grieco Acquati - criaram o biofiltro - que converte amônia tóxica em nitrato. Para o projeto, elas criaram urina artificial, e com argila expandida, terra e micro-organismos, conseguiram chegar num resultado satisfatório: o uso do nitrato como fertilizante. “Os agricultores podem usar a urina dos animais e transformar isso em fertilizante natural”,explica Giovanna.
E pra quem quer seguir no rumo do empreendedorismo nas startups, um grupo criativo pensou em dar o caminho das pedras para quem está começando. 
Arthur Pope, 15 anos, Giovana Santana, 15, e Lucas Lapa, 16, fizeram uma série de entrevistas com profissionais da área para entenderem todo o caminho das startups - do início à consolidação.
"Foi compartilhado tanto conteúdo interessante, que nós fomos filtrando e organizando um guia", conta Lucas.
Seu primeiro negócio - como tirar suas ideias do papel e dar o primeiro passo no mundo do empreendedorismo, conta com cinco passos importantes para quem quer ingressar nesta área. "Alguns profissionais nos falaram que gostariam de ter tido esse tipo de informação quando começaram. Queremos imprimir e distribuir isso como um incentivo para os jovens", finaliza Lucas.

Sobre a Mostratec
A 36ª Mostratec – Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia será realizada virtualmente, em função da pandemia do Coronavírus e poderá ser acessada no endereço: www.mostratec.com.br
A feira é destinada a estudantes da educação infantil, do ensino fundamental, do ensino médio e do ensino técnico de todo o país e do exterior. A mostra, organizada pela Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, de Novo Hamburgo/RS, é a maior do gênero na América Latina e, nesta edição, reunirá mais de 500 trabalhos de 14 países (Albânia, Argentina, Brasil, China, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, Indonésia, Itália, México, Paraguai, Taiwan, Turquia e Ucrânia) e de 17 Estados da federação.

Assessoria de Comunicação
Taísa Rodrigues

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