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Pandemia contribui para atraso do diagnóstico da esclerose múltipla

28/08/2021    Gustavo Siqueira

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O Hospital INC (Instituto de Neurologia de Curitiba) aproveita o Dia Nacional de Conscientização Sobre a Esclerose Múltipla, celebrado na próxima segunda-feira (30), para conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado da doença. A esclerose múltipla é uma doença neurológica crônica e autoimune que afeta 2,8 milhões de pessoas no mundo e, segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS), cerca de 40 mil brasileiros. Ainda não tem cura, porém seu tratamento impede a progressão da enfermidade.

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Essa é a segunda doença neurológica que mais causa sequelas em jovens e adultos jovens após o traumatismo. O neurologista Henry Sato, chefe do Setor de Neuroimunologia do Hospital INC, informa que o diagnóstico e muitos sintomas são confundidos com causas de outras especialidades.  “Por isso, a conscientização da população sobre a doença é importante tanto em caráter informativo bem com também para tirar estigmas que o diagnóstico causa. Até porque hoje temos tratamentos de alta eficácia para a doença”.
Assim como em diversas áreas da Medicina, a pandemia da Covid-19 tem contribuído para uma menor procura por atendimento mesmo diante dos sintomas e isso tem demonstrado atraso de diagnóstico também na esclerose múltipla. “Nesse caso, o agravante é que muitos pacientes no início da doença podem melhorar espontaneamente dos sintomas e assim não procuram o médico, ainda mais em um cenário de pandemia”, observa. 

A doença tem diversos sintomas, mas os principais são a falta de sensibilidade pelo corpo e de equilíbrio, tontura, formigamentos, redução da força muscular e alteração visual. Para o diagnóstico é necessário avaliar um conjunto de sintomas associado às alterações nos exames, como por exemplo, a ressonância e Liquor. “É uma doença de complexidade grande, por isso é extremamente importante que a população saiba quais são os primeiros sintomas e possa procurar um médico, e seja diagnosticado e tratado adequadamente”.
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A esclerose múltipla ataca basicamente os neurônios do encéfalo e medula espinhal formando áreas com perda de mielina, que é uma proteína ajuda na transmissão dos impulsos elétricos. “Não há como prevenir a doença e a sua causa ainda não é completamente compreendida, mas sabemos que existem fatores genéticos e também do ambiente - infecções, exposição solar - que contribuem para o surgimento da doença”.
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