Se antes da pandemia, com a correria dos negócios, horários e
prazos a vida exigia o máximo das pessoas, depois do distanciamento social,
decretos e tantas vidas perdidas o mundo foi obrigado a pisar no freio. Revimos
conceitos, prioridades, repensamos nossas escolhas e a vida que levávamos, e
isso se refletiu em diversos setores da economia, nos obrigando a pensar no que
realmente importa.
O vírus da Covid-19 colocou todos no mesmo patamar, igualando
jovens e idosos, brancos e negros, ricos e pobres. Por todo o planeta
acompanhamos tudo o que a pandemia foi capaz de fazer. Pessoas se reinventando,
negócios abrindo, outros, infelizmente fechando, escolas sem aulas, obrigando
pais e filhos a conviverem mais, empregos perdidos, e de outro lado tantos
informais dando a volta por cima. O ano de 2020 mostrou nossa fragilidade, mas
também provou que somos muito mais capazes do que imaginávamos.
Passamos a valorizar a família e a convivência com os amigos
e neste cenário, “espaço” se tornou fundamental! Com mais tempo em casa as
definições de conforto e lazer foram atualizadas. Se antes a procura por
imóveis era por unidades pequenas, próximas dos grandes centros, sem garagem e
sem lazer, hoje a busca é outra.
Para a corretora de imóveis de luxo, Fernanda Godoy,
que comanda a Camboriú Alto Padrão, neste primeiro ano de pandemia tudo foi
novo e vivenciamos dificuldades nunca enfrentadas, porém também foi um ano de reinvenção
para empresários e profissionais.
- Com a questão do
coronavírus a palavra de ordem no mercado imobiliário foi “espaço”, se possível
ao ar livre. Houve um crescimento muito grande na venda de terrenos em
condomínios fechados e apartamentos com área externa, como os diferenciados e
coberturas, e também de apartamento maiores, pois a modalidade de trabalho em
casa fez necessário um home office. Além disso, crianças em casa demandam espaço
e sem poder sair de casa estes requisitos se tornaram fundamentais, pontuou.
A corretora explica que este setor não sofreu com a pandemia,
muito pelo contrário, comemorou um aumento de 50% a 60% nas vendas, dependendo
da faixa de valor do imóvel.
Atuando principalmente entre Balneário Camboriú e Itajaí,
Fernanda Godoy explica que a nossa região favorece a venda de imóveis frente
mar, diferenciados e coberturas. “Trabalhamos principalmente com imóveis de 4 a
5 suítes, com 200 m² a 700 m² de área privativa. Nossa especialidade são os
imóveis decorados e equipados na faixa de 1 milhão a 2.5 milhões, mas há apartamentos
que podem chegar a 22 milhões e há clientes para todas as faixas de valores.
Pessoas de todo o Brasil e também do exterior investem aqui, pois o câmbio está
muito favorável”, acrescenta.
Para Fernanda, que atua há 15 anos na área, o mercado de
imóveis de luxo está em pleno crescimento na nossa região, o que atrai
investidores. “Os clientes não estão se sentindo confortáveis de deixar suas
economias e seus investimentos no banco, onde as taxas estão consumindo o
capital. Então a forma mais tradicional e sem riscos é investir em imóveis”.
Otimista com o futuro neste mercado, a corretora de imóveis
aposta no crescimento do setor, uma vez que os índices permanecem os mesmos até
o momento, aumentando a procura por lançamentos na planta. “Acredito que
teremos um ano promissor no mercado de imóveis, também por conta dos créditos
imobiliários com taxas atrativas para imóveis prontos pra morar”.
Com a Taxa Selic, atualmente por volta de 2% ao ano, sendo a
menor taxa da história do país, foi possível frear a recessão no mercado
imobiliário e, embora não seja possível garantir que ela permaneça neste
patamar ao longo de todo o ano, a expectativa para o mercado imobiliário em
2021 é que a taxa não tenha uma grande alta, permanecendo por volta dos 2,75%,
o que torna o mercado de imóveis um dos melhores investimentos.