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Novo presidente do MIS pretende criar parcerias com prefeituras

27/03/2021    Rosilene Bejarano

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Cesar Miranda Ribeiro, jornalista e radialista com mais de 35 anos de experiência na TV Globo, anuncia projetos para o Museu da Imagem e do Som do Rio, que ganhará novas plataformas e ferramentas de acesso para o público e artistas

– Quais são suas prioridades à frente do MIS?
– Nossa maior prioridade é a finalização das obras da nova sede em Copacabana. A meta é entregarmos ainda no governo Cláudio Castro esse equipamento. Esperamos que a licitação para a escolha da empresa que vai finalizar a obra seja realizada ainda neste semestre. Faltam apenas 30% dessas obras físicas e esperamos retomar em breve esses trabalhos. O conteúdo já está em grande parte pronto aqui no MIS. Esse investimento é muito importante para o Rio não só porque vai abrigar um acervo fantástico, mas também para o turismo. Vai projetar ainda mais a cidade para o mundo. 

– Já há um modelo definido com relação ao conteúdo das exposições?
– A exposição raiz será a da Carmen Miranda. A composição vem basicamente do acervo do Museu Carmen Miranda, que está guardado. Mas a interatividade e a tecnologia serão fatores preponderantes. A ideia é que as exposições se renovem constantemente e o próprio acervo do MIS já fornece base para mostras temporárias de todo tipo. Há aqui 300 mil itens e esse número cresce a cada ano entre 10% e 35%.

– Há novidades também para as instalações mais antigas do MIS?
– Certamente. Também é uma prioridade a restauração do prédio da Praça XV, feito para a exposição do Centenário da Independência em 1922. Um dos planos é revitalizar o cinema. Em setembro de 2022, vai completar 100 anos da primeira transmissão radiofônica no país. Ela infelizmente não foi gravada, mas é um marco histórico. Nossa ideia é promover eventos que lembrem esse fato, que ocorreu naquele complexo de prédios construídos para a exposição, e por isso recuperar esse patrimônio é tão importante. Só dois prédios daquela exposição continuam em pé.

– O MIS recebeu recentemente a doação do acervo pessoal do José Wilker. Como está sendo tratado esse material?
– Tivemos que disponibilizar uma sala só para ele no prédio. São 8 mil itens, entre livros, DVDs, LPs, etc. Ele era um apaixonado pelas artes, um estudioso. Estamos catalogando tudo e ao final a família, que fez a doação, será ouvida. O que não for considerado de interesse público será devolvido, mas muita coisa ficará disponível para consulta do público. O que mais me entristece é ver um acervo guardado e não mostrado. Quero fazer uma gestão democrática. Se não houver impedimento jurídico, os acervos devem ser acessados por todos os brasileiros que tiverem interesse. Esse processo tende a ser facilitado a partir da criação do Selo de Certificação MIS, que permitirá uma vistoria prévia às coleções e facilitará as doações. É um projeto que estamos desenvolvendo.
Mais um Job da Agencia Fred Pontes.
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