Em um momento em que a robotização e o online estão tomando conta da vida das pessoas, a ideia de humanizar uma marca para torná-la mais acolhedora, adaptada ao seu público de maneira próxima, humana e, principalmente compreensiva, é essencial. Isso significa que a humanização das marcas busca aproximá-las dos clientes por meio de sentimentos, desejos e expectativas.
A internet é um novo mundo de oportunidades e vendas. Tudo passou a ser mais acelerado. “As marca aprenderam a utilizar as plataformas e ferramentas para mapear, monitorar e acompanhar cada passo dos consumidores, e souberam utilizar muito bem as informações para apresentar ofertas cada vez mais micro-direcionadas para os desejos do público, porém, pouco se pensava em detalhes, como por exemplo, as necessidades dos clientes”, conta o especialista em Branding, D.J. Castro, da Nexia Branding.
O especialista explica que cada detalhe é essencial. “As marcas precisam compreender até que ponto podem obter dados das pessoas e reestabelecer relações mais humanizadas com elas. Não é necessário abandonar os sistemas de automatização de marketing, mas é imprescindível redimensionar a comunicação para a escala humana, um a um. As pessoas merecem se sentir ouvidas e compreendidas para se tornarem fiéis”, explica.
Humanizar uma marca é aproximá-la do humano, com sentimentos, desejos e expectativas, pode parecer óbvio, mas não é. Castro explica que a necessidade de empatia, consumidor e marca, não surge da noite para o dia, é uma construção. “Dá-se em cada momento de contato, seja no ato da compra ou em qualquer outra ação cotidiana em que a marca é lembrada, é fazer com que a compra seja mais do que apenas de um produto ou serviço, tornando a empatia real, com carinho, afeto e cuidado, ou seja, tocando o coração do cliente”, relata.
De acordo com o especialista, a abordagem das marcas deve buscar se reconectar com a sua essência. “Retomar um contato mais próximo e acessível e deixar um pouco de lado os excessos do passado recente. É uma grande oportunidade para reiniciar as relações com as pessoas, deixando claro o respeito pelas informações, e reconquistando o espaço, passo a passo”, conta.
“As marcas que optarem por esse caminho mais humano, poderão se beneficiar da boa vontade das pessoas que procuram uma conexão mais íntima com a marca, e estas sim vão consentir, de forma consciente, o uso de suas informações para criar experiências melhores. As pessoas querem ter um caso de amor com as marcas, mas é preciso ter respeito nessa relação”, finaliza D.J. Castro.