Por Regiane Muller- CEO do Arte Barista Café
A participação da mulher no mercado de tem ganhado destaque principalmente nos últimos anos. Há dez anos a presença feminina representava 40,8% do mercado formal. Atualmente esse número subiu para 44%, segundo dados do Ministério do Trabalho.
Apesar desse crescimento, uma parte das mulheres ainda tem que passar por dificuldades que muitos homens não encontram, tais como o equilíbrio entre atividades domésticas versus o emprego fora de casa e a diferença salarial. Mesmo com desafios maiores, grande parte das mulheres batalha diariamente para manter ou até mesmo criar seu espaço nas empresas, como no ramos de cafés, onde atuo há mais de dez anos, cujo espaço conquistei com muito trabalho e diariamente luto para manter as conquistas da última década.
A equação que equilibra a vida profissional e a pessoal aflige tanto mulheres quanto homens. Afinal, é preciso saber dividir bem o tempo para que nenhum dos lados saia prejudicado.
Muitas mulheres que vivem nesse cenário ainda sentem que têm o dever de lidar perfeitamente bem e sozinhas com esses pilares da vida. Isso aconteceu e ainda pode acontecer em casos em que a mulher é pressionada por ela mesma ou pela própria família a cumprir as obrigações do emprego, as tarefas domésticas, a cuidar dos filhos e a ter uma vida social. Basicamente exercendo tudo sozinha.
A situação feminina pode ficar mais clara quando se analisa alguns dados de 2017 fornecidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que mostram que as mulheres passam mais tempo do que os homens quando se soma as horas de trabalho dentro e de fora de casa.
As mulheres empregadas trabalham em média 54,5 horas por semana, sendo 36,5h no emprego e 18h em casa.
Segundo dados do Ministério do Trabalho baseados na Rais, em 2016 as mulheres receberam o equivalente a 84% do salário dos homens no Brasil. Essa informação já é um pouco maior do que a de 2015, ano em que esse número era de 82%. Isso é já o começo de uma mudança que é resultado da forte presença feminina. E o investimento na carreira é parte essencial para que essa presença se torne cada vez mais forte.