O cantor e compositor Maloka, que mora desde 2013 em Itajaí, Santa
Catarina, se prepara para lançar um segundo álbum da carreira. Com o nome “O
Céu Mudou de Cor”, o projeto com seis faixas autorais, estará disponível em
todas as plataformas de streaming no dia 6 de outubro.
Maloka é um homem trans que encontrou na música a salvação para a
solidão e para o vício com drogas. O artista comenta que não se sentia
confortável ao olhar no espelho, e com uma série de desconfortos, e para buscar
acolhimento, criou quatro amigos imaginários que formaram com ele uma banda de
rock.
“Foi aí que aprendi a tocar violão com meu tio avô e que a música se
tornou uma profissão”, compartilha.
O artista, que já dividiu palco com grandes artistas da cena nacional,
como Criolo, Marcelo D2, Gabriel O Pensador, Raimundos, Oriente, O Rappa, entre
outros, conquistou em 2016 o 1º lugar no 6º Festival da Canção de Balneário
Camboriú, com a música autoral “Peixe Afogados”. No ano seguinte, junto dos
músicos Fernando das Neves e Luccas Phillip, conquistou o 3º lugar no Festival
com a canção “Mitologia”.
Agora, Maloka, que é natural de São Paulo, se prepara para o lançamento
do novo EP e para um show em Itajaí. A apresentação será no dia 12 de outubro,
no Teatro Municipal de Itajaí, os ingressos podem ser adquiridos no Sympla.
“Quero todes comigo no teatro. Como homem trans, vejo a necessidade de
inserir a minha comunidade em todos os espaços possíveis, não apenas em baladas
ou festas, mas principalmente no teatro, onde muitas vezes sentimos que não
podemos estar, pela nossa orientação, identidade, classe social, condição
física, cor de pele, meu show é para trazer todas essas pessoas para esse
espaço que pertence a todes”, frisa o artista.
Ainda no dia haverá show com a banda Sad Days, exposição de obras de
Madam Gran e presença do Minas Skate Crew. No hall do teatro haverá vendas de
livros de autores da cidade de Itajaí e do lado de fora do teatro, o público
poderá contar com ações para divertir adultos e crianças como apresentações com
palhaços e brincadeiras.
“A arte tem o poder de salvar. A música é liberdade, poder, ela curou
todas as minhas feridas que o sistema deixou, a música foi uma mãe! E nesse
show, quero mostrar que ela pode te curar também”, completa o artista.