Estudantes catarinenses, de escolas públicas, privadas e da rede de
educação básica do SESI e do SENAI - a Escola S, estão em Brasília para
disputar a etapa nacional do Festival SESI de Robótica. A
competição de robótica educacional, considerada a maior do Brasil, é aberta ao
público e participam jovens de Blumenau, Concórdia, Criciúma,
Florianópolis, São José, Rio do Sul e Tubarão.
O SESI é a operadora oficial das competições da FIRST. O torneio ocorre
de 15 a 18 de março na Arena BRB Mané Garrincha e reúne 2 mil jovens de todo o
país. O evento reforça a importância do ensino da robótica na educação básica,
despertando nos estudantes a atração por carreiras mais tecnológicas. Os
competidores, com idade entre 9 e 19 anos, desembarcaram em Brasília depois de
meses dedicados à programação e à construção de robôs e ao desenvolvimento de
projetos sociais e de inovação.
“Na rede de educação básica do SESI e do SENAI em Santa Catarina, a
robótica já está consolidada como uma relevante ferramenta de aprendizagem”,
explica o diretor de educação e tecnologia da FIESC, Fabrizio Machado Pereira.
“Essa é uma característica muito peculiar da educação que oferecemos, focada no
ensino da ciência, matemática, engenharia e tecnologia. Também temos avançado
na capacitação de estudantes da escola pública, por meio de parcerias que vêm
sendo firmadas com prefeituras para a oferta de cursos no contraturno escolar”,
ressalta, destacando o impacto da robótica, inclusive, na educação
pública.
Torneio em Brasília tem diversas atrações gratuitas
Além do torneio de robótica, que mostra o impacto da metodologia de
ensino STEAM (sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia,
Artes/Design e Matemática) na formação pessoal e acadêmica dos jovens, o evento
terá uma programação paralela, que inclui:
- Oficinas makers do SESI Lab gratuitas para as famílias nos quatro dias
de evento, com montagem de carrinho movido à vela e a motor, lançador de foguete
e robô;
- Seminário Internacional SESI SENAI de Educação, com a participação de
especialistas e representantes do Ministério da Educação para discutir
políticas e inovações na educação brasileira, na quinta-feira (16) a partir das
14h e na sexta (17) das 9h às 16h30; haverá transmissão pelo Youtube dos canais
do SESI e do SENAI.
- Exposição sobre o papel da educação na reindustrialização do país, com
projetos desenvolvidos pelo SESI, pelo SENAI e por seus estudantes.
Entenda como funcionam o torneio e as modalidades
A competição de robótica acontece em quatro modalidades, que variam de
acordo com o desafio, o porte do robô e a idade dos competidores:
FIRST LEGO League Challenge (FLL): alunos de 9 a 16 anos formam equipes
de 2 a 10 integrantes para construir robôs feitos de peças de LEGO, que devem
cumprir uma série de atividades e somar o máximo de pontos em 2 minutos e meio
em três rounds. O time ainda é responsável por idealizar e criar um projeto de
inovação, que é uma solução para um problema real dentro da temática da
temporada, que, neste ano, é Energia. Cerca de 700 estudantes divididos em 100
equipes (3 equipes de garagem, 11 de escolas públicas, 19 de escolas privadas e
67 de escolas SESI).
FIRST Tech Challenge (FTC): estudantes do ensino médio constroem robôs
maiores, de até 19kg, a partir de um kit de peças reutilizáveis, tecnologia
Android e uma variedade de níveis de programação baseada em CAD, Java e Blocks.
Os competidores desenvolvem um portfólio de engenharia para detalhar o funcionamento
dos robôs, que devem cumprir atividades, como carregar blocos, em uma arena.
Serão 490 alunos, de 55 equipes (2 de escolas públicas, 4 de escolas privadas e
49 de escolas SESI e SENAI).
FIRST Robotics Competition (FRC): categoria mais complexa, envolve
alunos do ensino médio, que constroem e programam robôs de porte industrial,
que chegam a 55 kg e têm mais de 1,5 metro de altura, para também realizar
tarefas em uma arena. Esse é o primeiro ano em que o Brasil realiza uma etapa
classificatória para o mundial, em Houston, nos Estados Unidos. A competição é
bastante consolidada lá fora, onde os times são patrocinados por grandes
empresas, como General Motors, Apple, Xerox, Google, GE Energy, Toyota, que
acabam utilizando o torneio para identificar talentos. Serão 520 estudantes, de
44 equipes (3 equipes da Colômbia, 9 de escolas públicas, 3 de escolas privadas
e 29 de escolas SESI e SENAI).
F1 in Schools: o projeto educacional da FÓRMULA 1 instiga os estudantes
a montarem escuderias, com três a seis integrantes. As equipes constroem um
carro em miniatura, réplica dos carros oficiais de corrida, que, impulsionados
por um cilindro de CO2, podem chegar a 80 km/h em uma pista de 24 metros de
comprimento. Serão 240 estudantes, de 45 equipes (todas de escolas SESI).