A história do craque dos anos 1960 e 1970 Eduardo Antunes
Coimbra, conhecido como Edu Coimbra, é contada no livro "Edu
Extraordinário", que será lançado na próxima quarta-feira (dia 14), às
18h, no Neumarkt Shopping. A biografia escrita pelo jornalista catarinense
Sílvio Köhler reverencia o maior artilheiro da história do América do Rio de
Janeiro, com 211 gols marcados, e conta com prefácio de Zico, irmão do
ex-jogador e técnico da Seleção Brasileira.
Edu Coimbra chegou à seleção brasileira por
duas vias. Primeiro, em 1967, como atleta, quando conquistou a Copa Rio Branco.
Depois, em 1984, ainda no início da carreira de treinador, quando comandou a
equipe canarinho em três jogos contra campeões mundiais. O jogador atuou também
no Vasco da Gama e Flamengo e fez diversos clássicos com o irmão caçula Arthur
Antunes Coimbra, apontado no início de carreira como o promissor irmão do Edu.
A publicação destaca ainda que Edu foi
artilheiro do Campeonato Brasileiro de 1969 e esteve presente na lista dos 40
pré-selecionados por João Saldanha para a Copa do Mundo de 1970. Na relação,
figurava ao lado de outros dois companheiros de time: o zagueiro Alex
Kamianecky e o lateral Zé Carlos. Nenhum dos três seria levado por Zagallo para
o México. No entanto, como a relação das Feras do Saldanha foi enviada pela CBF
à Fifa, apenas os nomes nela presentes poderiam substituir os convocados em
caso de lesão ou corte. Assim, Edu e seus companheiros rubros também se
consideram campeões do mundo.
Símbolo do futebol brasileiro
Cinco anos depois de ter lançado "Alex
Coração Americano: o campeão do jogo limpo", no qual reverencia a
biografia do zagueiro Alex Kamianecky, vencedor do prêmio Belfort Duarte, o
jornalista Sílvio Köhler explica o motivo de ter revisitado a história de outro
craque americano da mesma geração.
"Edu é um símbolo de primeira grandeza
da história do América e do futebol brasileiro. Isso nunca foi discutido. Mas a
obra contribui para o debate resgatando critérios objetivos para a mensuração
desta grandeza no âmbito do América, apresentando números e provas documentais
que atestam que ele é o maior artilheiro da história do clube", celebra
Köhler.
Aos 75 anos de idade, o homenageado, que
pendurou as chuteiras em 1981, atuando pelo carioca Campo Grande, demonstra
gratidão pelo gesto. O lançamento será mais uma cerimônia de deferência da
torcida ao craque, que se emocionou com o primeiro evento, no Rio de Janeiro,
onde esteve acompanhado pelos irmãos Zico e Nando, além da irmã Zezé e de
torcedores de América, Flamengo e Campo Grande.
"Fico lisonjeado por todo esse carinho
comigo. Em todos os meus anos no futebol eu procurei fazer o melhor. Fosse como
jogador, fosse como treinador, no América, na seleção e em todos os clubes
pelos quais eu passei. E, apesar de minhas limitações, acho que fiz",
avalia o Extraordinário.