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Desinformação e notícias falsas contribuem para queda do índice de vacinação e colocam crianças em risco

07/10/2022    Rosilene Bejarano

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Professora de Biomedicina da UniSociesc, Zaine Borgonovo, lembra que doenças erradicadas podem voltar com atuais índices de imunização e pequenos precisam da proteção para desenvolver memória imunológica
Os índices de vacinação vêm caindo no Brasil desde 2016 e geram preocupação pela possibilidade do retorno de algumas doenças que já estavam erradicadas, como a poliomielite, o sarampo e a varíola. Campanhas de vacinação como a da pólio, que terminou no dia 30 setembro, ficaram muito abaixo da meta. Menos 60% das crianças foram vacinadas contra a poliomielite no Brasil, enquanto a meta seria atingir 95%.
Conforme dados do Unicef em apenas três anos, a cobertura de vacinação contra sarampo, caxumba e rubéola (Tríplice Viral D1) no Brasil caiu de 93,1%, em 2019, para 71,49%, em 2021. Além da Tríplice Viral, a cobertura da vacinação contra poliomielite caiu de 84,2%, em 2019, para 67,7%, em 2021. Isso significa que três em cada dez crianças no País não receberam vacinas necessárias para protegê-las de doenças potencialmente fatais.
A professora de Biomedicina UniSociesc e doutora em Biologia Celular e Molecular, Zaine Borgonovo, lembra que além da proteção das crianças as vacinas são ferramentas importantes para o aumento da qualidade de vida e longevidade da população, e que as pessoas não deveriam colocar em risco estas conquistas por desinformação. 
“As vacinas são ferramentas que contribuem na qualidade de vida e na saúde que temos hoje enquanto sociedade. Elas permitiram que a gente não desenvolvesse determinadas doenças, que fôssemos uma sociedade mais saudável, mais resistente ao enfrentamento de patógenos”, diz.
Doenças erradicadas não estão dizimadas

Ela destaca que algumas doenças foram erradicadas com a vacinação em certas regiões, mas não foram dizimadas e acabaram para sempre. “Hoje, com o trânsito de pessoas cada vez maior por diferentes regiões do mundo (inclusive em regiões onde ainda há casos de doenças que estavam erradicadas no Brasil), o risco do vírus chegar por aqui é enorme. Com o baixo índice de vacinação esse risco se multiplica, porque a população fica desprotegida. E assim, o vírus pode passar a circular novamente e comprometer a saúde da sociedade como um todo”, aponta Zaine.
Segundo a biomédica, a falta de informações corretas e a circulação de notícias falsas contribuem para este movimento chamado de anti-vacina. “Uma informação que se espalhou rapidamente e é um grande mito é que tomar mais de uma vacina ao mesmo tempo pode sobrecarregar o sistema imunológico da criança. As crianças são expostas diariamente a milhares de microorganismos (bactérias e vírus) quando tocam superfícies, entram em contato com outras crianças, colocam a mão na terra, no chão, no corrimão. Sempre que levam a mão à boca ou aos olhos, estão levando esses microorganismos e isso de forma alguma sobrecarrega o sistema imunológico delas. Pelo contrário”, explica.
Crianças precisam de memória imunológica

“O sistema imunológico das crianças precisa desta alta exposição a bactérias e vírus por causa de uma estrutura denominada timo, responsável por treinar e ensinar o sistema imunológico das crianças a desenvolver memória imunológica. Então, oferecer uma, duas, três, quatro vacinas em um dia ou no mesmo momento não apresenta risco. Não tem nem comparação com esta exposição diária a microorganismos que a criança vivencia”, diz Zaine.
A professora também ajuda a explicar uma dúvida bastante comum hoje em dia: se é melhor a criança ser imunizada pela doença ou pela vacina. "Sem dúvida a melhor imunização é com a vacina. É a forma mais segura de garantir a memória imunológica das crianças contra doenças. Não faz sentido achar melhor que a criança passe por toda a sintomatologia e corra o risco de ter uma forma grave da doença, se pode ter a proteção com a vacina. A vacina vai gerar uma memória imunológica sem riscos para a vida da criança”.
Sugestões de legenda
Campanhas de vacinação como a da pólio ficaram muito abaixo da meta no Brasil

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Zaine Borgonovo, professora de Biomedicina UniSociesc, alerta: vacinas geram memória imunológica nas crianças

Crédito das fotos
Divulgação

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