Blog Top Society - Karla Cruz

Empresas endividadas na pandemia podem quitar dívidas com o fisco com a transação excepcional

30/09/2020    Gustavo Siqueira

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Em mais de seis meses, a pandemia da Covid-19 trouxe uma série de problemas econômicos, como fechamento em massa de empresas e queda na arrecadação federal. Como uma maneira de tentar amenizar o quadro geral, a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) regulamentou a Transação Excepcional Para Débitos Tributários Federais, que tem como objetivo ajudar as empresas inscritas no Simples Nacional a quitar suas dívidas com a União.
 
O aporte se faz necessário, como demonstram os indicadores até aqui. Até a primeira quinzena de junho, 716 mil empresas já haviam fechado definitivamente as portas, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Das 1,3 milhão de empresas fechadas definitiva ou temporariamente até meados de junho, 40% delas (522 mil) afirmaram que o fechamento se deu devido à pandemia.
 
Antes mesmo da Covid-19 afetar a economia, em janeiro existiam 5,5 milhões de devedores inscritos na Dívida Ativa da União, com débitos que somavam R$ 1,9 trilhão. A tendência é que esse número seja muito maior ao fim do ano. No acumulado dos sete primeiros meses de 2020, a arrecadação federal chegou a R$ 781,956 bilhões, representando uma queda de 15,2% em relação ao mesmo período do ano passado, o que mostra a dificuldade do brasileiro de pagar seus tributos, entre outros fatores.
 
Requisitos para a transação
 
Conforme estabelecido pela portaria 14.402/2020 da PGFN, a transação excepcional é destinada para microempresas e empresas de pequeno porte (Simples Nacional) com falência decretada, em recuperação judicial ou extrajudicial, em liquidação judicial ou intervenção ou liquidação extrajudicial, independentemente da data de sua ocorrência.
 
Thiago Alves, advogado tributarista, especialista em compliance tributário e diretor do Instituto Brasileiro de Gestão e Planejamento Tributário (IBGPT), elenca os benefícios propostos pela PGFN. “A portaria prevê a essas pessoas jurídicas entrada de 0,334 do valor da dívida inscrita consolidada na transação, valor a ser parcelado em até 12x, com parcelamento da dívida de 72 a 133 amortizações, além de descontos de até 100% sobre valores de multas, juros e encargos”.
 
Segundo Alves, para que a transação seja possível, a Pessoa Jurídica passará por análise do fisco, que irá verificar o grau de recuperabilidade dos créditos a partir da situação econômica e da capacidade de pagamento das empresas devedoras, especialmente e não unicamente demonstrando a perda de faturamento durante a crise sanitária.
 
A verificação ocorre a partir de laudo a ser submetido ao fisco. O processo é burocrático e rigoroso, por isso é importante que a análise seja feita por perito especializado, que faz uma espécie de raio x completo da empresa, garantindo a acurácia das informações prestadas.
 
Prós e contras
 
O especialista Thiago Alves enxerga de forma positiva a tentativa de negociação proposta pelo governo, sendo uma alternativa para as empresas endividadas. Porém, ele explica que as chances de conseguir renegociar a dívida são maiores para quem efetivamente sofreu durante a pandemia.
 
De acordo com Alves, os acordos privilegiam as empresas que têm histórico de bom pagador. "Só quem sofreu exclusivamente com a pandemia que vai ter valores interessantes para negociar, porque ele terá um score alto e terá condições de ter um desconto bem alto", argumenta o advogado.
 
Além disso, o especialista tributário diz que há algumas pegadinhas na transação excepcional. "Se você não honrar esses pagamentos, a partir do primeiro ou segundo mês sem pagamento, é decretada a falência imediata da empresa", alerta.
 
Apesar dos contras, Alves acredita que a transação pode ser sim benéfica para muitas empresas, mas, antes de tomar a decisão e se comprometer com os pagamentos estabelecidos pela PGFN, é importante fazer uma análise precisa sobre a situação da empresa com um especialista em gestão e planejamento tributário.


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Pandemia: da adaptação aos impactos culturais nas organizações e transformação digital

30/09/2020    Gustavo Siqueira

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Entre tantas mudanças e desafios do atual cenário, não há dúvidas que a pandemia da covid-19 elevou o mundo VUCA para um novo e inesperado patamar. O momento traz exatamente isso: volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade. E como se adaptar a tantas transformações?

O que todos chamam de “novo normal”, expressão já repetitiva, também começa a perder o sentido. Realmente estamos em um mundo totalmente novo, mas que não tem nada de normal. A pandemia alterou a vida de todos, inclusive das organizações. Tudo virou de cabeça para baixo e nada será o mesmo quando tudo passar.

Por natureza, o ser humano é um ser social, mas como viver em um mundo que não permite encontros de pessoas, aglomerações, apresentações, entre outras coisas que faziam parte do cotidiano? É um sentimento de medo por um inimigo microscópico e invisível.

Ao ver uma crise como essa, cabe citar uma frase que foi atribuída a Charles Darwin, talvez não de forma correta, pois pode ser de outra autoria: “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”.

E ao falar nessas mudanças, vemos que o Brasil e muitas organizações caminhavam a passos lentos na transformação digital e no uso de ferramentas digitais tão importantes. O curioso é que a pandemia serviu de mentora ou guru, de forma a impulsionar a transformação digital, pelo menos na parte da comunicação. Já foram incorporadas em nosso vocabulário frases do tipo: “vamos fazer um Zoom”, sem esquecer de outras plataformas de reuniões e encontros on-line.

Isso é um exemplo de adaptação para a própria sobrevivência, assim como outras práticas digitais que o mundo adotou ou intensificou rapidamente, como compras de produtos e serviços on-line, Educação a Distância (EAD), entre outros. Então quer dizer que já atingimos a maturidade para a transformação digital? Infelizmente, não. Apenas recebemos um impulso extra, um alerta, uma motivação.

E, hoje, obrigados pela necessidade, muitos perderam a resistência inicial aos recursos digitais e ao uso corporativo das redes sociais. Mas, ainda falta muito senso de urgência e não é só no Brasil.

Uma análise recente do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) mostra que somente 1/3 das organizações conseguiram se adaptar a uma cultura digital. Não é por falta de instrumentos, pois hoje é possível comprar ou contratar a maioria das ferramentas digitais disponíveis.

O gargalo maior está na cultura, na tão conhecida e pouco entendida mudança cultural, que é o ambiente que precisa ser criado nas organizações para que todos queiram a transformação, ao ver um benefício na mesma e não um risco, e que apoiem com entusiasmo tal mudança.

Mas como saber em que grau de transformação digital a nossa organização está? E nós, em que nível estamos? Existem várias ferramentas sofisticadas de diagnóstico, mas há também um jeito simples e intuitivo.

Verifique se à sua volta ainda há muito papel, processos manuais, dificuldades em coletar e analisar dados, se as decisões não têm sido tomadas automaticamente, se há necessidade de muitos telefonemas e conversas para resolver algo ou, então, quando há um desvio ou algo inesperado no processo todos saem correndo e não sabem bem o que fazer?

Se você respondeu sim a algumas dessas perguntas, certamente você ou a sua organização tem um grande potencial de melhoria. Mas é uma boa notícia, isso porque a transformação digital pode alavancar os seus resultados, serviços e a satisfação dos clientes.

Muitos questionam a velocidade ideal de avançar na transformação digital e na Indústria 4.0. A resposta é: muito rápido e de preferência tenha mais agilidade do que o seu concorrente, caso contrário você e a sua organização correrão um sério risco de ficar obsoletos. Esse é o momento de se adaptar ao novo mundo.
 
*Contribuição de: Daniel da Rosa é conselheiro da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK Paraná). Também é diretor regional do Sindicato da Indústria de Autopeças (Sindipeças).

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Estudantes do curso superior em Design de Moda da Faculdade SENAI desenvolvem coleção exclusiva de uniformes para indústria de Blumenau

30/09/2020    Gustavo Siqueira

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Um dos diferenciais da Faculdades SENAI é aproximar os estudantes, ainda em fase de estudo, das indústrias da região.
 
Por meio do Projeto Integrador, isto é possível. O projeto tem como objetivo ampliar a cooperação da indústria, por meio da apresentação de desafios elaborados por equipes de alunos da graduação, orientados por professores da instituição, visando contribuir com a necessidade do setor produtivo.
 
Em Blumenau, o curso superior de Tecnologia em Design de Moda foi convidado para desenvolver uma coleção exclusiva para a empresa Pamplona Iluminação.
 
O objetivo é elaborar uniformes com modelagens e estampa exclusiva, utilizando tecidos tecnológicos para a empresa. As propostas serão desenvolvidas para três setores da empresa, sendo eles administrativo, vendas e produção.
 
Os critérios de avaliação dos projetos serão: originalidade, inovação, estética, ergonomia, viabilidade técnica e econômica e aderência as diretrizes da empresa.
 
Ao todo serão quatro disciplinas e professores do curso envolvidos na elaboração do projeto.

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