Gabriela Dutra e Vanessa Buonomo, Designers de Interiores da Infinitah projetos em Florianópolis
Crédito:Lio Simas
Nosso ambiente compreende toda a circulação do evento e nos inspiramos no lado positivo da trajetória da pandemia transformando todos corredores e escadas em uma grande galeria de arte com muita cor e alegria.
A Trajetóriah! se inicia no térreo com o texto do briefing do projeto e a placa de rua
" Nunca PARE de sonhar " pois acreditamos ser a melhor forma de encararmos qualquer dificuldade na vida. Do térreo para o primeiro andar, Marcelo Urizar e Bruno Thomé trouxeram a interpretação deles sobre a essência do projeto com um mix de cores, natureza e alegria para elevar o astral.
No primeiro andar representamos as mudanças e adaptações que ocorreram dentro da casa de cada um de nós.
A arte de Laura Loli com tinta de terra e pigmento vegetal, dá as boas-vindas aos visitantes como em um hall de entrada; ao lado o texto
sobre respeito, que acreditamos ser a base para toda e qualquer relação harmoniosa. No cantinho Zen trouxemos a representação da meditação e da busca pelo equilíbrio emocional. A mandala de Gabriel Young traz essa conexão entre o etéreo e a essência humana.
Com a pintura terracota e os painéis de madeira, o espaço dos hobbies ganha aconchego e retrata a busca pelo desenvolvimento de habilidades que aliviam a mente e alegram o coração como a música,o crochê e tricô, o origami e a leitura que nos leva a viajar sem sair de casa.
O Beijo, de Gugie Cavalcante expressa toda essa emoção de estar junto e se entregar ao convívio e ao amor.
O amarelo permeia este andar para trazer a energia do sol para dentro de casa além de ativar a concentração na hora de trabalhar pois o home office está abraçado pela vibração da cor e o aconchego da madeira. Aqui, a memória afetiva foi trazida através dos objetos antigos da família, para trazer para perto os ancestrais, os mais velhos que ficaram isolados durante todo este período. A companhia dos pets talvez nunca tenha sido tão valorizada; o afeto e o amor incondicional deles ganhou espaço em muitos lares.
As impactantes obras Esperança e Redenção de Driin, nos trazem a certeza de dias melhores e mais felizes.
A presença das plantas naturais traz a energia da natureza para perto de nós.
Seguindo a Trajetóriah! para o ático, as obras das paredes laterais das escadas retratam o respeito. Na parede principal as cores em degrade remetem
ao pôr do sol e servem de pano de fundo para a tela de Gugie Cavalcanti onde a criança com asas admira o revoar das borboletas do pendente de Diego Rutkowski que juntamente à andorinha de Driin, celebram a liberdade. Ao celebrar a liberdade, a união de todas as raças, estão representadas nas telas de Rosa Maria Feltrin, refletindo o dourado da luz do sol para todos os cantos do mundo, no desejo da harmonia universal.
Do térreo para o subsolo, a natureza ganha espaço e encanta com a delicadeza da aquarela de cores e texturas de Jhasuá. A Árvore da Vida de Diego Rutkowski ,emana luz e os pássaros cantam felizes pelos ares mais limpos.O dia e a noite de Marcelo Barnero refletem a capacidade do ser humano em se adaptar e seguir em frente e ter ainda mais a natureza como fonte inspiradora e transformadora. Para cobrir todo o subsolo e dar um ar de área externa, o tecido de tela foi o escolhido pois depois da mostra ele será doado aos 12 artistas que utilizam a tela como uma das formas de expressão de sua arte.
As borboletas de Jhasuá ganham ainda mais beleza e vida iluminadas pelas luminárias pendentes do designer Erico Gondim feitas a partir de plásticos retirados do oceano, mostrando que sim, é possível ter harmonia entre nós, seres humanos e a natureza.
Léo Furtado traz em sua arte uma das mais incríveis cenas dessa trajetória da pandemia, quando golfinhos foram avistados nos canais limpos de Veneza.
Uma demonstração de que quando nós, seres humanos saímos um pouco de cena, a natureza conseguiu se regenerar e mostrar ainda mais a sua capacidade de transformação e renovação.
Transformar, inspirar, acreditar.... Diego Rutkowski mostra o quanto existe arte em qualquer lugar, basta acreditare transformar. As pás de obra e o serrote se tornaram em belas esculturas cheias de história para contar.
Paulo Burani traz a beleza das cores, a vida e o encanto das águas com sua forma ímpar de interpretar e retratar o mundo e as emoções. Gabriel Young mostra com sua obra In Young, a sombra e a luz, os dois lados, os dois polos, a dualidade que faz a vida acontecer e se expandir.
Thiago Tipan encerra a Trajetóriah! com um belo enredo de formas e cores que faz com que reflitamos sobre os aprendizados, a integração entre o ser humano e a natureza, a harmonia das formas...formas de vida, de consciência e de emoções.
Essa é a Trajetóriah!, sob a luz da positividade, da alegria e da arte, somos capazes de enfrentar desafios, aprendermos a nos reinventar, nos adaptar e dar valor para o que realmente importa.
Vamos celebrar a vida!