Assim como a parte
física do nosso corpo, a mente também precisa de cuidados especiais para manter
o seu funcionamento em ordem. E a proposta da campanha Janeiro Branco é
justamente essa, que as pessoas tenham um olhar e cuidados diferenciados sobre
as questões que envolvem a sua saúde mental. Ainda mais nestes últimos anos, em
que a pressão emocional pode ter aumentado diante do cenário de pandemia que
estamos vivenciando.
De acordo com o
psicólogo Luciano da Rocha Fogaça, conveniado a Rede Direta da CELOS, o
objetivo da campanha é destacar este tema, gerando a conscientização sobre a
importância da prevenção ao adoecimento emocional. Haja vista que, a partir do
momento que não se tem saúde mental, e que se tem algum tipo de sofrimento
emocional crônico, com certeza o sofrimento físico e outros tipos de
doenças terão portas abertas.
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Fala-se em
prevenção e cuidados com a saúde mental, mas, na prática, o que fazer? Para
ajudar a entender melhor quais seriam esses cuidados, o especialista separou
algumas orientações de como contribuir para a promoção da saúde mental da
família e dos amigos, Confira:
· Importante pontuar que não existe a opção de não viver adversidades,
todos nós vamos passar por dificuldades, perdas, sofrimentos e ter resiliência
é fundamental. Ter ciência que viveremos dificuldades mas que é necessário
"viver" e não criar subterfúgios para não enfrentar essas
"dores";
· Ter consciência de onde viemos, de quem somos e o que nos faz bem e o
que nos faz mal, saber até onde podemos ir em uma situação de adversidade e o
momento em que devemos dar um basta, finalizar ou dizer não. Isso vale para
relações familiares, relações de amizades, relações amorosas e relações
profissionais;
· Saber até onde posso ir e o que realmente devo fazer ou vale a pena
fazer em relação ao outro, pois existem pessoas que passam a vida fazendo pelo
outro e esquecem de viver e fazer por si mesmo;
· Portanto, devemos entender que o equilíbrio emocional é uma poupança que
vai sendo construída ao longo da vida e a capacidade de lidar com as
adversidades ou as escolhas com quem você se relaciona ou como se relaciona é
que vão contribuir para uma boa reserva emocional e capacidade de elaborar
lutos ou não;
· Saber nosso limite e procurar ajuda é necessário, haja vista que nenhum
de nós pode ter certeza que passará bem por determinada situação e se isso
acontecer não tenha medo de pedir ajuda, seja para um parente, amigo,
profissional da saúde como psicólogo, médicos, assistentes sociais etc;
· Saber dar feedbacks, sinalizar para o outro o que ele faz de bom, o que
te surpreende positivamente ou o que te fez sofrer. Se você não falar o outro
não vai ter conhecer, e a chance de errar com você aumentará.
Fogaça lembra que
para ser assertivo em muitos dos pontos citados acima é preciso ter autoestima.
Só que nem todas as pessoas têm uma auto avaliação positiva como deveriam ter.
Por isso, se você se identifica como alguém com baixa autoestima e tem
dificuldades com algum dos tópicos citados acima, procure um médico e com o
encaminhamento vá ao psicólogo e comece uma terapia. Com certeza aumentará sua
capacidade de autoconhecimento e, assim, vai conseguir se valorizar mais. Além
de melhorar sua capacidade de enfrentamento, com certeza terá mais
equilíbrio emocional e menos sofrimentos.