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Sustentabilidade e conforto: as novas prioridades no setor imobiliário

13/01/2022    Gustavo Siqueira

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Com a maioria das pessoas em casa, a procura pelo imóvel próprio ou pelo investimento em habitações para locação colocou o mercado imobiliário na contramão das demais áreas comerciais, mantendo-o em uma crescente que já dura quase dois anos. Essa procura vem acrescida à busca pelo bem-estar e desenvolvimento dos lares para se adaptarem como novo local de trabalho.
 
Marcus Araújo, CEO da Datastore – empresa especialista em inteligência, pesquisa de mercado e mercadometria – e autor do livro “Meu imóvel, meu mundo”, acredita que o crescimento e essas mudanças se devem à tecnologia e toda a facilidade que ela proporciona na vida das pessoas. “O que houve foi que as pessoas da renda média, alta e em alta tiveram muito mais vantagem competitiva para poder se adaptar durante a pandemia. Elas tinham links de internet fantásticos, aparelhos fantásticos, então elas praticamente não sofreram. Pelo contrário, no aspecto econômico, elas mantiveram suas atividades de trabalho, lógico, tentando se adaptar – fornecedores, parceiros etc. – mas elas tinham uma vantagem competitiva: a tecnologia contando a favor delas”, explica.
 
Mas a procura por imóveis também veio com exigências. Já que a demanda atual é, cada vez mais, manter o trabalho remoto (cerca de 34% das empresas pretendem manter o home office mesmo após o fim da pandemia), a busca é por imóveis que possuam mais conforto. Outro ponto importante que vem sendo avaliado é o número de pessoas morando na mesma casa, que está cada vez menor e tem tornado os apartamentos mais minimalistas alvo do público mais jovem.
 
Dessa forma, construtoras que têm investido em empreendimentos com foco em sustentabilidade ganham destaque entre a nova geração de compradores. Isso acontece porque os edifícios sustentáveis são pensados para terem uma estrutura que promova o bem-estar de seus moradores. Um grande exemplo disso é o Blue Forest, edifício construído pela Phacz Empreendimentos em Porto Belo, litoral norte de Santa Catarina, o qual possui um conceito sustentável focado na interação humana com a natureza, tanto dentro quanto fora do prédio. Araújo conta que essa é uma tendência a ser seguida: “o Garden no alto padrão, que era um produto que ninguém queria, porque fica lá embaixo do prédio, não era legal. Agora, durante a pandemia, ganhou um sentido novo: botar o pé no chão, pisar na grama, mesmo morando em um apartamento”.
 
Mas para se chegar a um edifício realmente sustentável, é preciso que as construtoras possuam determinados certificados, como o LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), que promove buscar o incentivo e a aceleração da adoção de práticas de construção sustentável. “Nós estamos na virada da chave que está sendo acelerada pelas questões climáticas que a gente tem vivido nos últimos meses e que, provavelmente, são questões que vão ficar pela década inteira. Então o que hoje parece ser só uma tendência ou um capricho técnico que é uma certificação, em cinco anos será uma exigência vital”, comenta Marcus.
 
O Blue Forest, com previsão de entrega para 2027, será o primeiro empreendimento residencial com certificado LEED em Santa Catarina. “A Phacz sempre inova em seus projetos. E o que queremos é proporcionar mais conforto, bem-estar e eficiência energética para os clientes, e gerar impacto positivo na sociedade. Não é à toa que o Blue Forest é o primeiro edifício residencial pré-certificado LEED de Santa Catarina”, explica Paulo Henrique Zanon, head de projetos da Phacz.
 
Economicamente, Araújo explica que os certificados também serão um grande diferencial. “Isso está na pauta mundial (a sustentabilidade), todo mundo já sabe e todas as nações estão se comprometendo com isso. Só que a unidade básica do planeta é um terreno e um imóvel, então não adianta nada um país fazer alguma coisa, uma cidade fazer alguma coisa, se cada um não fizer no seu terreno. Então, um empreendimento com essa certificação, que muitas vezes são exigências técnicas, uma vez bem traduzidos para o consumidor, faz ele entender que tem um produto que vale muito mais nos próximos anos”.
 
Sendo assim, as novas tendências para o mercado imobiliário trazem um patamar elevado nos próximos anos, justificado pelo novo comportamento dos consumidores que possuem novas prioridades em relação aos conceitos de saúde e proteção ao meio-ambiente.
 

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