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Exames de mamografia caíram 84% em 2020, aponta estudo

15/10/2021    Gustavo Siqueira

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Todos os anos a importância da realização de exames preventivos, para o cuidado da saúde da mulher, é reforçada através da campanha “ Outubro Rosa”. Neste contexto, a mamografia, indicada para a identificação precoce do câncer de mama, é considerada o exame mais eficaz para o diagnóstico da doença.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), só em 2021, já foram registrados 66.280 novos casos e mais de 18 mil mortes devido ao câncer de mama no Brasil. A doença apresentou um crescimento de 29,7% no último ano, com um risco estimado em 61,61 casos a cada 100 mil mulheres.

Em Santa Catarina, entre o início deste ano e o dia 24 de setembro, foram registradas 429 mortes decorrentes de câncer de mama. No ano passado 660 mulheres perderam a luta contra este tipo de câncer no Estado. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde e têm base nos registros do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM).

Mas o número de casos de câncer de mama no Brasil pode ser ainda maior que o registrado, já que o cenário pandêmico levou muitas mulheres a não realizarem os seus exames de rotina. Um estudo, publicado pelo Instituto Oncoguia no mês de abril, mostrou que o volume de mamografias reduziu 84% em 2020, em comparação ao ano anterior. 

“O receio é que a falta da realização do exame leve ao diagnóstico tardio, quando a doença é descoberta num estágio mais avançado e com menos opções de tratamento”, observa o médico radiologista Dr. Gustavo Piacenti, que atua como responsável técnico no Centro de Imagem 2, do Hospital Jaraguá.

Tecnologia é aliada na detecção precoce do câncer de mama

 “A mamografia continua sendo o exame mais eficaz para a identificação precoce do câncer de mama. É um exame extremamente seguro. As mulheres que possuem alteração na tireóide, inclusive, podem realizar a sua mamografia sem medo. Já existe no mercado mamógrafo que emite 50% menos radiação que os aparelhos convencionais”, conta Rose Catarina Corezzolla, gerente do Centro de Imagem.

A dor, que algumas mulheres sentem durante a compressão das mamas, é um fator que impede muitas delas de realizarem a mamografia. Rose afirma que algumas pacientes relatam sentir desconforto durante a execução do exame. No entanto, alerta que já existem no mercado equipamentos que permitem que a própria mulher escolha o nível de compressão que poderá ser exercido sobre esta parte do seu corpo.
 
“A paciente recebe o controle remoto e vai regulando, aos poucos, o volume da pressão que será exercida durante o exame. Além disso, outro fator que contribuiu muito para o conforto das mulheres, é o design anatômico apresentado pelos equipamentos mais modernos”, observa Rose Catarina.
 
Há mais de 30 anos atuando na área de diagnósticos, a profissional reforça a importância das mulheres ficarem atentas ao aparecimento de nódulos e caroços nos seios durante a realização do autoexame. Mas explica que este cuidado não dispensa a realização dos exames preventivos, que devem ser realizados conforme as faixas etárias recomendadas e orientação médica.

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