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5 investimentos para colocar a restituição do Imposto de Renda

18/06/2016    Karla Cruz

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A Receita Federal liberou o primeiro lote de restituição do Imposto de Renda 2016. Se você estiver neste primeiro grupo de contribuintes, dê prioridade para quitar suas dívidas. Por outro lado, se você estiver com suas contas em dia, vale a pena investir o dinheiro. Em tempos de crise econômica, é melhor controlar ainda mais a vontade de gastar a grana, e pensar no futuro com mais cautela.
Se você tem planos de guardar a quantia, já sabe como investi-la? Tudo dependerá de seu perfil e suas necessidades. Para ajudá-la nesta decisão, ouvimos Múcio Zacharias, professor de economia do IBE-FGV e diretor do Economies Consultoria Empresarial, que listou cinco investimentos para colocar a restituição do IR. 
1. CDB 
Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são títulos emitidos pelos bancos. Ao comprá-los, você empresta dinheiro a eles. A liquidez dos CDBs varia de acordo com cada instituição e o valor mínimo para investir também é variável. 
Há diferentes tipos de CDB e o mais comum é o pós-fixado, no qual a rentabilidade é baseada em alguma taxa de referência, como o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que está próximo da Selic – a taxa básica de juros, atualmente em 14,25%. “Como a Selic está alta, o CDB está atrativo. Outra vantagem é que ele tem tarifa zero de administração”, diz o professor. 
O risco da aplicação é o de a instituição financeira quebrar. “Por isso é preciso escolher bancos de renome para reduzir o perigo”, recomenda. O investimento é assegurado pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até o limite de R$ 250 mil. 
2. Fundos DI 
Eles são pós-fixados e têm o rendimento baseado no CDI, que acompanha as variações da taxa básica de juros. Entre as vantagens, oferecem baixo risco e podem ser sacados a qualquer momento. O especialista, no entanto, faz um alerta sobre o rendimento dos fundos. “É cobrada taxa de administração, o que é muito ruim para renda fixa. Em algumas instituições, ela chega a 3% por ano, o que reduz a rentabilidade”, ressalva o especialista. 
3. Títulos Públicos 
Quando você os compra, está emprestando dinheiro ao governo. Existem vários tipos de título e os investimentos podem começar a partir de R$ 30. Alguns são prefixados (você sabe exatamente a rentabilidade que irá receber se os mantiver até a data de vencimento) e outros pós-fixados (o rendimento está relacionado a algum índice, como o IPCA, ou à taxa Selic). “Todos são interessantes. A rentabilidade é muito boa e consegue superar a inflação”, afirma o especialista. Já entre os riscos, há o de o Brasil dar calote. “O País está passando por dificuldades sérias. Quem aplicar no longo prazo pode ter problemas”, diz Zacharias, que recomenda fazer aplicações com vencimento mais próximo, de dois anos, por exemplo. Entre as desvantagens do investimento, ele destaca a cobrança de muitas taxas, como de administração, custódia e permanência. 
4. Previdência Privada 
Ao escolher um plano, você pode optar pelo PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) ou VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). O primeiro é indicado para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda, enquanto o segundo é mais recomendável para contribuintes que optam pela simplificada. No PGBL, você paga menos impostos agora e consegue acumular mais renda, pois as contribuições ao plano podem ser descontadas da declaração do IR. No VGBL, você não pode descontar as suas aplicações do imposto, mas, no resgate, só paga o tributo sobre o rendimento do que aplicou, e não sobre o total resgatado. “Tem que ficar atenta à taxa de carregamento (que incide sobre cada depósito feito nos planos) e à de administração”, alerta o especialista. 
Veja também: Quais são as vantagens tributárias de ter um plano de aposentadoria?
5. LCI
Quando você compra uma Letra de Crédito Imobiliário (LCI), está emprestando dinheiro para os bancos financiarem empreendimentos no setor. Ela pode ser pré ou pós-fixada. Há diferentes prazos para a aplicação e, em geral, quanto maiores eles forem, melhor o retorno, que é calculado como uma porcentagem do CDI. “Uma vantagem é que não há cobrança de imposto”, diz o professor. Nesse tipo de investimento também não há taxa de administração. O risco da aplicação é o de a instituição financeira que a vendeu quebrar, mas o seu dinheiro é garantido pelo FGC em investimentos de até R$ 250 mil.
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