A mamografia é uma grande aliada
na saúde das mulheres e começa a fazer parte da vida feminina,
principalmente após os 40 anos. Com o passar dos anos, esse exame passou
a ser visto pelas mulheres com bons olhos, porque além do diagnóstico
precoce, a evolução da tecnologia trouxe mais conforto às pacientes
na hora do exame.
Pioneiro na região de Jaraguá do Sul,
mais uma vez o Centro de Imagem inovou. Nesta quinta-feira (18) o Centro
de Imagem 2, que integra o Complexo do Hospital Jaraguá, recebeu um
mamógrafo que oferece uma tecnologia inédita para a região. O objetivo é
proporcionar diagnósticos ainda mais precisos e seguros, além de aumentar o
conforto durante a execução do exame.
“Durante a mamografia é a própria
paciente quem define a compressão que poderá ser exercida sobre as mamas, isso
é possível porque o aparelho possui Design Comfort. Essa tecnologia
ajudará principalmente as mulheres que apresentam queixas de dor durante o
exame”, explica a gerente do Centro de Imagem, Rose Catarina Corezzolla.
Comparado aos equipamentos de
mamografia disponíveis no mercado, o modelo adquirido (GE
Healthcare/Pristina Seno Ires) também emite 50% menos radiação durante a
execução do exame, de acordo com Rose Catarina. “Esta é uma preocupação comum
para as mulheres que têm alguma alteração na tireóide, mas agora elas ficarão
tranquilas, porque o índice de radiação emitida por este mamógrafo é quase o
mesmo encontrado em ambientes comuns”, ressalta a profissional.
A nova aquisição triplicará a
capacidade de realização de mamografias no Centro de Imagem do Hospital
Jaraguá. O responsável técnico do serviço no Centro de Imagem 2, o médico
radiologista Gustavo Gonçalves Piacente, explica que o novo aparelho também
reduzirá o tempo de análise dos dados, permitindo um diagnóstico mais rápido e
acurado, com imagens mais precisas.
“Este mamógrafo trará ainda mais
precisão no diagnóstico do câncer de mama, aumentando as chances de detectar a
doença nas fases iniciais e ampliando as chances de cura”, destaca
Piacente.
O investimento no mamógrafo foi de
quase um milhão de reais. Em alguns dias, a novidade já estará disponível para
a realização de exames. “O aparelho será instalado e passará por um período
normal de testes de funcionamento e de qualidade de imagens. Em seguida, toda a
equipe responsável pela operação, passará por um treinamento oferecido pela
fabricante”, conta Rose Catarina.
Mamografia deve ser feita mesmo durante
a pandemia
Todos os anos, o câncer de mama afeta
milhares de mulheres no Brasil. Dados do Atlas de Mortalidade por Câncer
mostram que só no ano de 2019, mais de 18 mil mulheres perderam a luta contra o
câncer de mama, uma estatística que reforça a importância do diagnóstico
precoce.
No entanto, recentemente, a Fundação do
Câncer divulgou um estudo - baseado em dados do SUS-Sistema Único de Saúde
- apontando uma queda de 84% no volume de mamografias realizadas durante o ano
de 2020. A diminuição, de acordo com especialistas, é reflexo da pandemia que
levou muitas mulheres a deixarem de fazer os seus exames de rotina. Um fator
que contribui para o diagnóstico tardio da doença e reduz as suas chances de
cura.
“O exame de mamografia permite
identificar o câncer de mama antes do surgimento de sintomas identificados
durante a palpação ou pela percepção de alteração das mamas. Por esse motivo, é
um procedimento considerado eficaz para a redução da mortalidade por câncer de
mama”, reforça Piacente.
Um levantamento internacional,
divulgado pelo Global Cancer Observatory, mostrou que em 2020 o câncer de mama
foi a doença oncológica mais incidente na população mundial. Respondeu por
11,7% dos novos casos de câncer registrados no período, um total de 2,26
milhões de diagnósticos.
Imagem: Divulgação/ GE Healthcare