Novembro Azul marca não somente o
alerta para o cuidado com a saúde masculina, mas também a luta contra um
inimigo, muitas vezes desconhecido pelo paciente, que atinge quase 7% da
população no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira do Diabetes: Mês Mundial
de Combate ao Diabetes. Em tempos de pandemia, é ainda mais importante
diagnosticar e controlar essa doença, pois é fator de risco para complicações
da COVID-19. É preciso orientar e reforçar aos diabéticos da importância
da realização do exame de fundo de olho, que detecta a retinopatia diabética –
a maior causa de cegueira na população abaixo dos 60 anos, de acordo com a
Organização Mundial de Saúde (OMS). A prevenção e o tratamento não podem parar.
“Quem tem diabetes não corre maior
risco de se contaminar pelo coronavírus, mas possui maior possibilidade de
complicações pela infecção. A baixa imunidade, ligada à elevação do açúcar no
sangue, traz mais complexidade ao quadro do paciente e também é um fator para o
desenvolvimento da retinopatia diabética, quando o diabetes afeta a retina,
parte dos olhos responsável pela captação de imagens, e seus vasos sanguíneos”,
explica o Dr. Renato Machado Toscano, Oftalmologista da Clínica Visão
Joinville, empresa do Grupo Opty.
Novembro Azul é uma oportunidade de
conscientizar a população para as sérias complicações associadas ao diabetes,
que pode trazer consequências para a visão e o corpo em geral, quando o
diagnóstico é tardio. “O intuito é melhorar a qualidade de vida dos portadores
dessa doença. A boa notícia é que fazendo exames regularmente e mantendo
acompanhamento oftalmológico, é possível diminuir as complicações”, comenta o
Dr. Hilton Iran Ruthes, Oftalmologista do Centro Oftalmológico Jaraguá do Sul,
empresa do Grupo Opty. O exame de fundo de olho pode trazer informações
importantes em pessoas de todas as idades. Diversas enfermidades podem ser
detectadas, entre elas alterações metabólicas, como o diabetes mellitus.
A concentração elevada de glicose no
sangue predispõe a inchaço dos tecidos, má irrigação sanguínea e aumento do
risco de infecções. Dessa maneira, algumas das alterações mais comuns
encontradas nos olhos, decorrentes do controle inadequado do diabetes, são
alterações na córnea (úlceras recorrentes e redução de sensibilidade), no nervo
óptico, no cristalino (com desenvolvimento de catarata), na íris, na retina,
podendo levar até mesmo ao seu descolamento.
Em números – Pelo menos 425 milhões de pessoas no mundo têm diabetes. No
entanto, cerca de 50% delas não sabem que têm o problema, embora
cerca de 2 milhões de mortes todos os anos sejam atribuídas a complicações do
diabetes. (Atlas IDF 2017).
De acordo com a publicação As
Condições de Saúde Ocular no Brasil (2019), do Conselho Brasileiro de
Oftalmologia, uma das consequências da diabetes, a retinopatia diabética,
é responsável por 1,8 milhão de casos de cegueira devido a
doenças oculares em todo o mundo. Depois de 20 anos de doença, estima-se que
mais de 75% dos pacientes têm alguma forma de retinopatia diabética. Ainda
segunda a publicação, há evidências de estudos conduzidos durante mais de 30
anos de que o tratamento pode reduzir o risco de perda visual em mais
de 90% dos casos. Porém vale reforçar que, embora alguns tipos de
retinopatia possam ser tratados, uma vez que a visão tenha sido perdida devido
à essa causa, ela não pode ser totalmente recuperada.
Tratamentos possíveis – Quando a retinopatia diabética avança, existem algumas opções de
tratamento que podem ser utilizadas, que devem ser avaliadas caso a caso. Entre
elas estão:
1. A fotocoagulação da retina a laser, método que pode minimizar os
prejuízos gerados por áreas doentes da retina ou até mesmo impedir o vazamento
de líquido por microaneurismas retinianos.
2. A injeção de medicação dentro do olho, o chamado tratamento
antiangiogênico, pode ser necessária,
quando surge o inchaço de retina na região responsável pela visão central, a
mácula. Essa medicação possibilita que o líquido que gera essa condição seja
reabsorvido.
3. A cirurgia chamada de vitrectomia posterior pode ser necessária nos
casos extremos, com o acometimento retiniano mais grave, quando há o
descolamento de retina ou o sangramento vítreo.
Novidades – “Os avanços tecnológicos na Oftalmologia têm ocorrido a passos
largos, e sempre surgem novidades nos tratamentos. A bola da vez são os
sistemas de inteligência artificial, que, treinados para detectar as diferenças
entre olhos saudáveis e não saudáveis, podem atender a essa demanda crescente
de casos de retinopatia diabética, analisando as fotografias dos olhos em busca
de sinais da doença”, conta o Dr. Renato. “A Food and Drug Administration
(FDA), órgão regulador norte-americano, já aprovou dois desses dispositivos de
diagnóstico, que não demoram para também serem autorizados no Brasil”, comenta.
Para os pacientes com retinopatia
diabética que fazem uso de injeções de medicação nos olhos para estabilizar ou
melhorar sua visão, também há notícias promissoras, de acordo com informações
divulgadas pela Academia Americana de Oftalmologia. “Na maioria dos casos,
essas aplicações oculares têm se mostrado eficazes para evitar o inchaço e a
ruptura dos vasos sanguíneos da retina, que podem resultar de níveis elevados
de açúcar no sangue, mas precisam ser injetadas nos olhos com frequência, às
vezes mensalmente. Esses dois novos tratamentos em desenvolvimento, que usam
terapia genética, seriam alternativas menos invasivas: um deles requer uma
única injeção sob a retina”, conta o Dr. Hilton, sobre os aguardados estudos
norte-americanos. Ambos os métodos estão em ensaios clínicos de fase 2, o que
significa que pode levar dois ou mais
anos para que sejam aprovados e se tornem disponíveis ao público.
Também para
facilitar a aplicação da medicação, outro estudo em desenvolvimento comentado
pela comunidade científica, já na fase três de testes clínicos, é de um sistema
de liberação lenta, um pequeno dispositivo recarregável (do tamanho de um grão
de arroz) que armazena os medicamentos. Uma cirurgia é necessária para sua
implantação na “parede” do olho. Alguns pacientes podem não precisar repetir o
tratamento por até nove meses.
Prevenção e controle – Enquanto novos progressos na medicina estão no horizonte, a prevenção
e controle do diabetes são o melhor tratamento recomendado. Para vencer o
diabetes e a retinopatia diabética, é necessária uma abordagem
multidisciplinar, com o acompanhamento de um endocrinologista e de um
oftalmologista. Não é fácil, mas não há milagre ou segredo: o controle das
taxas de açúcar no sangue passa por uma alimentação saudável, prática de
atividades físicas, vigiar as taxas de glicose no sangue frequentemente, tomar corretamente os medicamentos
prescritos pelos médicos e reduzir fatores de risco, como estresse, sobrepeso e
tabagismo.
Sobre o Opty
O Grupo Opty
nasceu em abril de 2016, a partir da união de médicos oftalmologistas apoiados
pelo Pátria Investimentos, que deu origem a um negócio pioneiro no setor
oftalmológico do Brasil. O grupo aplica um novo modelo de gestão associativa
que permite ampliar o poder de negociação, o ganho em escala e o acesso às
tecnologias de alto custo, preservando a prática da oftalmologia humanizada e
oferecendo tratamentos e serviços de última geração em diferentes regiões do
País. No formato, o médico mantém
sua participação nas decisões estratégicas, mantendo o foco no exercício da
medicina.
Atualmente, o
Grupo Opty é o maior grupo de oftalmologia da América Latina, agregando 21
empresas oftalmológicas, 1600 colaboradores e mais de 600 médicos
oftalmologistas. O Instituto de Olhos Freitas (BA), o DayHORC (BA), o
Instituto de Olhos Villas (BA), a Oftalmoclin (BA), o Hospital Oftalmológico de
Brasília (DF), o Hospital de Olhos INOB (DF), o Hospital de Olhos do Gama (DF),
o Centro Oftalmológico Dr. Vis (DF), o Hospital de Olhos Santa Luzia (AL), o
Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem (SC), o Centro Oftalmológico Jaraguá do
Sul (SC), a Clínica Visão (SC), o HCLOE (SP), a Visclin Oftalmologia (SP), o
Eye Center (RJ), Clínica de Olhos Downtown (RJ) e COSC (RJ), Lúmmen Oftalmologia
(RJ), Hospital de Olhos do Meier (RJ), Hospital Oftalmológico da Barra (RJ) e o
Oftalmax Hospital de Olhos (PE) fazem parte dos associados, resultando em 44
unidades de atendimento. Visite www.opty.com.br.