A área
da cosmiatria tem atraído cada vez mais médicos devido à constante expansão do
mercado no Brasil e no mundo, além de ofertar algumas das melhores remunerações
no campo da medicina. Com o interesse em alta, a procura por especializações
também cresce. Pensando nesse cenário, foi criado em Balneário Camboriú, cidade
paradisíaca de Santa Catarina, o Instituto Lapidare, uma escola modelo de
pós-graduação, imersão e aperfeiçoamento para médicos que almejam status
profissional nesta área.
Por
conta dos diferenciais inéditos, como a prática com cadáveres fresh frozen,
tecnologias de simulação realística, atendimento supervisionado a pacientes
reais e treinamentos em técnicas avançadas de salvamento e atendimento de
intercorrências, o instituto, inaugurado em dezembro de 2019, rapidamente se
tornou referência nacional quando o assunto é educação para médicos no mercado
da cosmiatria.
Focado
no aperfeiçoamento profissional de médicos dermatologistas, cirurgiões
plásticos e vasculares que atuam com procedimentos estéticos, o Instituto
Lapidare oferece uma cartela de cursos que atende uma tendência de mercado de
avanço exponencial no Brasil — que, de acordo com a Sociedade Internacional de
Cirurgia Plástica e Estética (ISAPS), já é o país que mais realiza cirurgias
plásticas e o segundo do mundo em procedimentos estéticos não-invasivos.
Ao
idealizar o Instituto Lapidare, os acionistas do empreendimento consideraram
dados como o número crescente da busca por procedimentos estéticos pouco
invasivos; as projeções de crescimento financeiro deste mercado no Brasil (com
R$ 47,5 bilhões movimentados em 2018, o mercado cresceu 567% em cinco anos no
país); e o número crescente de não médicos atuando na área.
“Em
2019, a Sociedade Brasileira de Dermatologia protocolou no Ministério Público
Federal documento com mais de 800 denúncias de procedimentos estéticos
realizados por não-médicos. Enquanto isso, as projeções do mercado evidenciam a
alta demanda por médicos especializados neste campo”, analisa a CEO do
Instituto Lapidare, Flávia Del Valle.
A CEO
detalha o crescimento do mercado. “Procedimentos com preenchedores injetáveis
aumentaram cerca de 312% entre 2004 e 2019 no Brasil, enquanto o uso de
injeções antirrugas aumentou 809% no mesmo período. Em 2014, os procedimentos
não-cirúrgicos representavam apenas 17,4% do mercado da estética no país,
enquanto hoje são praticamente metade, chegando a 49,9%, segundo o Censo 2018
da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Tudo isso mostra um mercado em
plena ascensão e que, pelo alto padrão de exigência, clama com pressa por profissionais
altamente qualificados”, avalia. Os procedimentos invasivos também continuam
sendo bastante procurados. “Entre os Censos de 2016 e 2018, as cirurgias
estéticas observaram alta de 25,2%”, acrescenta Del Valle.
A
prática como diferencial
Desta
equação, surgiu a ideia de trazer de maneira inédita para o Brasil o uso de
fresh frozen specimen (cadáveres congelados frescos) como ferramenta de
ensino-aprendizagem com foco em anatomia aplicada. Na prática, isso significa
que os alunos têm uma experiência acadêmica hands-on [ou “mão na massa”] com
resultados mais próximos do que ocorreria se em pacientes vivos, dada a
qualidade de preservação dos tecidos.
Na
avaliação da dermatologista Dra. Angélica Nóbrega, speaker do curso, colocar as
técnicas em prática em cadáveres é essencial para a formação do médico,
especialmente do campo da cosmiatria. “Os cadáveres frescos estão à disposição
dos alunos para melhor aproveitamento na parte da anatomia, que na verdade é o
berço do conhecimento de técnicas com injetáveis. Dessa forma o aluno aprende
de verdade e se sente confiante no momento de injetar algum produto em seu
paciente. Assim, evita diversas complicações no âmbito dos procedimentos
injetáveis”, comenta a médica.
Centro
AHA
Outro
diferencial é a parceria com o primeiro Centro da American Heart Association
(AHA) de Santa Catarina, inserido na mesma estrutura física que o Instituto
Lapidare. “Com isso, além de aprender a reconhecer e atender possíveis
complicações com casos clínicos e práticas em cadáveres, os alunos também são
treinados em protocolos avançados de salvamento e suporte à vida”, explica o
Dr. Gustavo Deboni, médico emergencista e professor universitário que dirige o
Centro AHA pioneiro no estado.
Ambulatório
avançado para pacientes modelo
Para
completar o esquema exigente de ensino-aprendizagem que transformaram o centro
de educação para médicos em referência nacional, os cursos do Instituto Lapidare
também contam com pacientes modelos para que os alunos possam executar as
técnicas — como aplicação de toxina botulínica, preenchimento facial, peeling,
laser e esclerose de varizes, entre outros procedimentos. Tudo isso sob
supervisão de professores que são referência em seus campos.
Para a
dermatologista Dra. Lilian Karla Cardoso Ramos de Oliveira, uma das alunas da
pós-graduação em Cosmiatria e Laser, o fato do curso ser essencialmente
hands-on (incluindo as práticas com cadáveres, pacientes reais e protocolos de
salvamento) foi a principal razão para se matricular. “Quando realizamos a
prática supervisionada por um expert, temos a possibilidade de executar o
procedimento com segurança no paciente. Além disso, é apenas praticando em
pacientes reais que aprimoramos técnicas e conseguimos ter segurança para
depois fazermos sozinhos”, opina.
Cirurgião
plástico e também aluno do curso, o Dr. André Maschio acredita que “o mercado
de trabalho da cirurgia plástica e estética é muito competitivo, e por isso
devemos nos tornar profissionais diferenciados”. Segundo ele, a competitividade
é tamanha que se o profissional não se mantiver atualizado, buscando novas
especializações periodicamente, não conseguirá oferecer o melhor ao paciente e,
consequentemente, perderá relevância na área.