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Cinco dúvidas sobre a feminização facial

06/02/2020    Gustavo Siqueira

A feminização facial é um conjunto de procedimentos cirúrgicos derivados das cirurgias plástica e craniomaxilofacial com o objetivo de suavizar características masculinas de um rosto. O pioneiro é o médico norte-americano Douglas Ousterhout, que nos anos 80 e 90 desenvolveu a técnica em San Francisco, Califórnia, após estudar as diferenças mais marcantes entre o crânio masculino e o feminino.

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O cirurgião José Martins Júnior, do Transgender Center Brazil, responde a seguir cinco perguntas frequentes sobre a feminização facial:
  1. Quem pode fazer? A feminização facial pode ser feita por pacientes transgêneros do masculino para o feminino e também por mulheres cisgêneros que têm traços masculinizados. Em ambos os casos, a feminização facial pode contribuir com a afirmação da identidade de gênero e a interação social.
  2. Qual a diferença entre feminização facial e as cirurgias faciais comuns? A face é formada por tecidos duros (ossos) e moles (pele e gordura). Na maioria das cirurgias faciais, os médicos trabalham somente pele e gordura para alterar o formato do rosto. Porém, para se feminizar uma face é indicado fazer intervenções também na testa, maxilares, queixo, ossos da maçã do rosto e nariz. 
  3. Quais são os principais procedimentos da feminização facial? As áreas do rosto variam de acordo com cada paciente. As principais intervenções são: (a) Frontoplastia óssea – É a suavização da testa com diminuição dos ângulos e proeminências associados à masculinidade, pois o tamanho e o formato da fronte masculina são diferentes da feminina. As incisões são feitas dentro do couro cabelo e ficam imperceptíveis. (b) Avanço do couro cabeludo – Como a testa do homem geralmente é mais alongada do que a da mulher, o avanço do couro cabeludo permite a diminuição da altura da testa, deixando um ar mais feminino. (c) Levantamento das sobrancelhas – É a mudança na curvatura e na posição das sobrancelhas. Pode ser usada também em pacientes femininas com queda do supercílio pela idade. (d) Aumento das maçãs do rosto – É outra técnica para acentuar características femininas da face. É feita através de preenchimento por ácido hialurônico, silicone ou mobilização óssea, dependendo do caso. (e) Suavização do pomo de adão – Pequeno desgaste para deixar a cartilagem do pescoço menos proeminente. (f) Diminuição do lábio superior – O lábio masculino geralmente é mais longo e menos projetado, deixando os dentes incisivos menos expostos. A cirurgia permite maior exposição dos dentes da frente. (g) Cirurgia do queixo ou mentoplastia – Muda a base do rosto e faz a diferença na transição da face masculina para feminina. (h) Rinoplastia – É a correção estética do nariz para deixá-lo com linhas e angulação mais delicadas.
  4. Faz-se tudo de uma só vez ou aos poucos? A feminização facial é feita em etapas, sempre sob orientação do cirurgião especializado.
  5. Como é decidido o que operar na feminização facial? O diagnóstico e o plano cirúrgico são feitos após avaliações esqueléticas e estéticas baseadas em radiografias, medições antropométricas, tomografias computadorizadas, fotografias e o emprego de softwares especializados. A autoavaliação da paciente e a experiência do cirurgião são muito importantes para o planejamento cirúrgico. 
 
Transgender Center Brazil
Com uma década de experiência e atendimento em Santa Catarina e São Paulo, o Transgender Center Brazil cuida de pacientes transgêneros em transição de masculino para feminino e feminino para masculino através de cirurgias faciais e corporais. Os profissionais têm formação médica orientada pela Associação Mundial para a Saúde de Pessoas Transgênero (WPATH), com sede nos Estados Unidos, e operam pacientes do Brasil e do exterior.

O Transgender Center Brazil segue as normas do Conselho Federal de Medicina (CRM), que proíbe o médico de realizar consultas não presenciais. Informações: www.transgendercenterbrazil.com.br ou 47 99946-1602 (SC) e 11 99292-8401 (SP).

Crédito da foto: Transgender Center Brazil/Divulgação
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