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Dezembro Vermelho: mês de alerta para prevenção da Aids e Infecções Sexualmente Transmissíveis

03/12/2019    Gustavo Siqueira

O mês de dezembro é marcado por uma grande mobilização nacional sobre prevenção ao vírus HIV, AIDS e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s). A ação Dezembro Vermelho foi instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1998, ou seja, cinco anos após a descoberta do vírus causador da doença. O Dezembro Vermelho nasceu a partir da Lei 13.504, publicada no Diário Oficial no início de novembro, e dá sequência às ações do Dia Mundial contra a Aids, celebrado desde 1988 no mundo todo em 1º de dezembro.

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 37,9 milhões de pessoas vivem com o vírus HIV no mundo e, no Brasil no ano de 2018 foram detectados 53 mil novos casos da doença, um aumento de 17% nos últimos 8 anos, principalmente na população jovem. De acordo com o Infectologista, médico cooperado à Unimed Blumenau, Dr. José Amaral Elias, “ao comparar com o início anos 90 com os dias atuais, em relação ao controle e sobrevida com qualidade dos portadores do vírus HIV e de AIDS, as mudanças foram enormes, com queda de mortalidade em torno de 80% e sobrevida muito mais longa com opções de tratamento e controle da doença, porém, ainda é necessário dar muita atenção a esse tema e de forma prioritária à prevenção”.

A Aids

De acordo com o infectologista, “a AIDS trata-se de uma sigla proveniente da língua inglesa que significa em português “Síndrome da Imunodeficiência Adquirida”, causada pela infecção do vírus HIV. “Neste caso o vírus causador (HIV) ataca diretamente as células que coordenam o sistema de defesa (sistema imunológico) deixando ele “desorganizado” e vulnerável, abrindo, assim, a possibilidade para outros vários tipos de infecções como a tuberculose, pneumonia e meningite, favorecendo, também, o surgimento de tumores, ou seja, cânceres”, explica.

Dr. Amaral explica que não há sintomas específicos da doença, geralmente são iniciados com sinais inespecíficos como fraqueza, febre persistente, ínguas, queda de disposição e perda de peso. “Não ter praticamente nenhum sintoma por longo período acaba dificultando o descobrimento e tratamento precoce da doença e o tratamento precoce acaba sendo mais complicado quando já existem doenças associadas, como tuberculose, pneumonia e meningite. Outra questão importante é que, nessa fase assintomática, a pessoa infectada estará transmitindo o vírus sem ter ciência disso”, alerta.

Prevenção

De acordo com o Infectologista, a AIDS é transmitida através do sangue e outros fluídos corpóreos contaminados pelo vírus HIV. “Esses fluídos são: sangue, sêmen, líquido vaginal, líquor, líquido pleural e peritoneal. Urina, saliva, suor, lágrima e fezes não são infectantes, a menos que contenham expressiva contaminação com sangue”, informa.

“A prevenção da doença se dá através de relação sexual protegida com preservativo (feminino e masculino), cuidados como o não compartilhamento de objetos cortantes e atenção quanto à procedência das técnicas de confecção de tatuagens e piercing”, conta.
Dr. Amaral ainda explica que até o momento não existe vacina ou a cura total para doença. “Felizmente, o tratamento evoluiu muito com medicamentos que evitam a multiplicação do vírus no sangue de forma que ele não ataque as células de defesa evitando, assim, que doenças oportunistas apareçam. Porém, esse tratamento significa tomar medicação de forma contínua e o indivíduo não estará livre de efeitos colaterais”.

Doenças Sexualmente Transmissíveis

Hoje em dia, as Doenças Sexualmente Transmissíveis são chamadas de Infecções Sexualmente Transmissíveis. Conforme Dr. Amaral explica, “essa mudança se deu pelo fato que o termo “doença” sempre significa que há sintomas ou algum sinal clínico, já nas infecções isso nem sempre está presente ou aparece por um período curto de tempo dificultando, assim, o diagnóstico precoce”.

No total, além da Aids, são mais de 20 infecções consideradas de transmissão sexual. De acordo com o Infectologista, as mais importantes e mais comuns na população mundial são: Gonorreia, Vírus da Herpes, HPV, Hepatite A e B e a Sífilis.

“Todas as pessoas sexualmente ativas, independente do gênero, idade ou posição social são vulneráveis a uma IST. Hoje em dia com o recurso dos testes rápidos muito precisos e de fácil acesso, o diagnóstico para as infecções como o HIV, Sífilis e Hepatites B e C facilitou muito. Independentemente de ter ou não sintomas relacionados como corrimentos, feridas, ínguas, manchas no corpo, verrugas, entre outros, procure orientações médicas e faça o teste para as IST’s. A prevenção é o melhor remédio!”, conclui.
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