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Clínica Le Santé no Outubro Rosa: Prevenção não deixa marcas

06/10/2015    Karla Cruz


Um movimento iniciado na década de 1990, nos Estados Unidos, deu início a campanha do Outubro Rosa. A partir daí, entidades ligadas ao diagnóstico e ao tratamento do câncer de mama, começaram a promover atividades para estimular a conscientização e a prevenção da doença.
“Apesar de todo o avanço na medicina, com tratamentos cada vez mais eficientes, devemos avançar na prevenção. Ainda há muita desinformação, medo e preconceito sobre a importância das ações preventivas.” O alerta é do médico mastologista Fernando Vequi Martins, da Clínica Le Santé de Lages.
No Brasil, em 2014, foram descobertos 57.120 novos casos de câncer de mama. Em Santa Catarina, em torno de 1600 mulheres foram diagnosticadas com a doença. As ações do Outubro Rosa, visam esclarecer tanto as mulheres quanto os profissionais que atuam na área da saúde.  Um dos principais desafios, segundo o médico, se refere ao exame de mamografia.
“O auto exame é importante, mas ele é mais indicado para mulheres com MENOS de 40 anos que na maioria das vezes não necessitam fazer a mamografia. Isso porque, já está comprovado cientificamente, que quando uma mulher palpa um nódulo, ele já mede cerca de 2 cm.  No consultório o médico consegue identifica-lo antes, quando mede 1 cm, o que significa que ele já existe em média há oito anos. Por isso, a mamografia e o exame clinico são mais eficazes. “
A questão crucial, segundo o médico, é que a Sociedade Brasileira de Mastologia, orienta que TODA mulher a partir dos 40 anos deve fazer a mamografia uma vez ao ano. Já o Ministério da Saúde preconiza que a mamografia somente deve ser feita a partir dos 50 anos, a cada dois anos, até que complete 69 anos.
 “Isso representa uma demora muito grande no início do tratamento. Todos os outros exames de imagem, incluindo a ultrassonografia de mama, servem como um complemento quando o assunto é prevenção do câncer de mama”, alerta Martins.
Outro dado que reforça a importância do Outubro Rosa, é o fato de que os fatores de risco já identificados, como menstruar antes dos 12 anos, menopausa depois dos 55 anos, não ter filhos, não amamentar e casos de câncer em parentes de primeiro grau, não determinam um diagnóstico.  Conforme o médico, na prática, apenas em torno de 10% das pacientes com câncer de mama é que apresentam apenas UM desses fatores de risco.
“É importante ressaltar que apesar de muito comum, o câncer de mama apresenta elevadas taxas de cura, próximo de 100%. O segredo é o diagnosticá-lo no início,” destaca o médico.
 texto e fotos: Keltryn Wendland


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