Ronco e apneia do sono
50% das pessoas apresentam quadro de ronco e 20% desenvolvem a Apneia Obstrutiva do Sono. A solução pode estar em uma consulta detalhada no dentista.
Segundo explica Diego Rocha, Cirurgião-Dentista em Curitiba, “quando dormimos e a mandíbula repousa em uma posição errada, causado por problemas de posicionamento dos dentes e promove a vibração do palato e dos tecidos moles na região da faringe, produzindo o som denominado ronco, sintoma comum na população geral”.
Diferente da apneia, o ronco caracteriza-se como uma disfunção respiratória, manifestando-se quando há obstrução parcial das vias aéreas responsáveis pelo fluxo da respiração, que são eles: boca e nariz.
Como reforço a essa tese, estudos apontam a íntima relação deste distúrbio respiratório com a alteração do quadro odontológico, impactando na qualidade de vida das crianças, adolescentes, adultos e idosos.
Muitas pessoas são acometidas por este desconfortável e danoso sintoma: o ronco. Motivo de constrangimento, Rocha afirma “que o ronco está muito além de ser uma características inofensiva”.
“Uma das possíveis causas para essa obstrução acontece quando a mandíbula, único osso móvel da cabeça, encontra-se em uma posição mais retraída (queixo trás ou para cima), provocando o estrangulamento da via aereofaríngea pela língua e palato mole”, ressalta.
O Cirurgião-Dentista explica ainda que a síndrome tem sido associada à sonolência diurna excessiva, a acidentes automobilísticos e à morbimortalidade cardiovascular. Entretanto, o diagnóstico não é realizado em 82% dos homens e 93% das mulheres portadoras da síndrome da apneia obstrutiva do sono moderada à grave.
“Fica difícil perceber o problema porque há uma baixa frequência do diagnóstico, isso pode ser reflexo da reduzida percepção dos sintomas do sono como um problema pelo paciente e seus familiares, do difícil acesso aos métodos diagnósticos associados e possivelmente ao treinamento insuficiente em odontologia e medicina do sono”, orienta Rocha.
Mesmo os distúrbios respiratórios leves do sono podem afetar a saúde dos indivíduos, haja vista a associação entre ronco habitual e infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e hipertensão arterial sistêmica.
“É na primeira fase da vida que o desenvolvimento do sistema mastigatório faz com que os maxilares cresçam no sentido anterior (para frente e para baixo), permitindo espaço suficiente para que nesta fase da vida a criança possa respirar, se alimentar e repousar. Quando estes estímulos não promovem esta fase inicial de crescimento, os primeiro problemas começam a aparecer, como alterações anatômicas do sistema nasal: adenóides, hipertrofias e desvios septais, manifestando reflexos como rinites, bronquites e outras inflações ou infecções respiratórias”, esclarece.
Já na fase adulta, as consequências continuam com sintomas ainda mais graves, como o desgaste generalizado dos dentes, sobrecarga dos músculos da cabeça e pescoço, alteração de postura, doenças inflamatórias e claro, a manifestação cada vez mais presente do ronco.
Assim, seguindo este ciclo que envolve deficit de crescimento, o corpo humano evolui para um processo de cada vez mais sobrecarga e aliado a fragilidade de um organismo que não tem equilíbrio, ainda soma-se fatores agravantes que o homem vai colhendo durante a vida. Obesidade, tabagismo e alcoolismo estão associados ao agravamento do ronco.
O Cirurgião-Dentista comenta que um quadro de Ronco ou Apneia Obstrutiva do Sono é uma disfunção respiratória importante e com diversos fatores que podem potencializar esta síndrome e ainda ressalta. “Sobre este tema é importante educar a população e profissionais da saúde, afim de promover conhecimento sobre a importância de prevenir esta agressiva síndrome que compromete mais da metade da população, iniciando já nos primeiros anos de vida”, finaliza Rocha.
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