O fato é inusitado. Cereja, um labrador fêmea, de apenas 11 meses, está em treinamento para ser um cão-guia. A família socializadora é de Balneário Camboriú. Nesta quarta-feira (30), o casal de estudantes Leide e Fabricio Zalazar trouxe o animal para participar de um dos maiores eventos do Sul do país para que vá acostumando com grandes movimentações. A 30ª Festa do Pinhão abriu espaço para ação, que é protegida pela federal lei 11.126/2015, para ampliar e apoiar a divulgação desse tipo de trabalho tão importante para a sociedade.
Cereja é dócil e atende a todos os comandos dos cuidadores temporários. A ideia de participar do projeto foi dos dois filhos do casal. “Temos o papel de fazê-la conhecer o mundo”, diz Leide. Exceto Unidades de Terapia Intensiva e Centro Cirúrgico, os cães em treinamento ou já treinados podem acessar qualquer espaço. “As pessoas ainda não têm conhecimento sobre o direto dos cachorros e os treinadores de entrarem em qualquer lugar de circulação, mas aos poucos a sociedade vai tomando ciência”, reforça Fabricio.
A cadela estava com outra família e há dois meses está na de Leide e Fabrício. Quando completar 15 meses ela vai para a Escola de Cães-Guias Elen Keller, na mesma cidade. “Quando ela está com o colete, não podemos permitir a interação com as pessoas porque cereja está trabalhando. É como se estive acompanhando um cego. Essa é orientação”, destaca Fabricio lembrando que foram capacitados para fazer o treinamento.
Barulho e cheiro de comida não impedem a atividade, pelo contrário, os cães precisam circular por esses locais para acostumarem.
