Lúcia Helena Franco, especialista em comportamento canino, da Dog Show Chapecó – escola de educação canina
Crédito da foto: FVcomunica!
No dia 9 de setembro, é
comemorado o dia dos profissionais que estabelecem a comunicação entre duas
espécies que não falam a mesma língua, os médicos veterinários!
Muito mais do que
diagnosticar e tratar doenças, o médico veterinário precisa ser empático. É
através da troca de olhares entre o animal e o profissional, da percepção de
movimentos e sinais, que ele traduz expressões, sentimentos, dores e angústias
dos bichos.
E o que muitos nem imaginam é
que sua atuação vai muito além da saúde animal. Isso porque, ao desempenhar seu
trabalho em áreas voltadas para a produção – como o desenvolvimento de novas
vacinas, rações e a fiscalização de matérias-primas em indústrias alimentícias
e têxteis que usam produtos de origem animal – e também para o controle de
zoonoses (doenças transmitidas de animais para humanos), os profissionais da
medicina veterinária têm papel fundamental na saúde de toda a população.
Uma das especialidades da
medicina veterinária e, por vezes, desconhecida, é a que Lúcia Helena Maia Franco escolheu cursar há mais de 13 anos, o
Comportamento Canino. Médica veterinária há mais de três décadas pela
Universidade de São Paulo, ela está à frente da escola de educação canina Dog Show Chapecó,
que ao longo dos quase 16 anos de
atividades, conta com mais de 4.000
alunos educados. Lúcia explica que o profissional
especialista nesta área tem o papel de compreender questões comportamentais do
cão e buscar alternativas cientificamente comprovadas para tornar a relação
entre o pet e os tutores mais harmoniosa. “Os cães demonstram o que sentem
através de expressões faciais, postura corporal, movimento do rabo e emissão de
sons. Compreendendo a linguagem deles, é possível ajudar a família a entender
seu pet e, a partir disso, criar possibilidades para tornar a comunicação com
os animais mais tranquila e saudável para ambos”.
Dúvida que algumas famílias têm
é em relação a quando buscar um(a) especialista em Comportamento Canino. “O
ideal é nos procurar antes mesmo de adotar o animal ou decidir ter mais um pet. Conhecendo o estilo de vida dos tutores, seus anseios e o
ambiente que dispõem para a criação do cachorro, é possível orientar e propor
condições adequadas para receber o novo membro”, explica.
Geralmente, o que acontece é que
o tutor procura orientação apenas quando já está com o filhote ou até mesmo
quando o cão é adulto, com comportamentos já estabelecidos e ainda achando que
o único "culpado" pela desarmonia é o cachorro. A especialista
reforça que cães de qualquer idade, porte e raça podem ser adestrados. “Mas é
importante receber a orientação o quanto antes, para prevenir comportamentos
que não são adequados para o ambiente humano e também oportunizar melhor
qualidade de vida ao animal”.
Lúcia finaliza fazendo um
alerta: “Lembrando que estamos no mês de maior discussão sobre a saúde mental e
não podemos esquecer que cães podem enfrentar estados ansiosos e depressivos,
assim como os humanos. Ao perceber mudanças no comportamento do seu pet,
consulte um(a) especialista para fazer o diagnóstico e orientar sobre o
tratamento adequado”.
Crédito
da foto: FVcomunica!
Mirella Schuch