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Relação entre a Dor Neuropática e a Covid-19

30/06/2021    Karla Cruz

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Médico Anestesiologista, especialista em Medicina Intervencionista da Dor, Dr. Matheus Vieira da Cunha.

Queimação, agulhadas, choques e formigamento em algumas áreas específicas do corpo ou até mesmo dores fortes e generalizadas, podem indicar sérios problemas resultados de uma lesão no sistema nervoso, mais conhecida como Dor Neuropática. Embora não existam estudos que revelem a prevalência do transtorno entre os brasileiros, a Organização Mundial da Saúde (OMS) relata que aproximadamente 30% da população mundial sofre de dor crônica e que ela pode causar diversas sensações de dor em vários estágios.

Segundo o Dr. Matheus Vieira da Cunha, médico anestesiologista e especialista em Dor Crônica, pessoas que apresentam dores crônicas podem acabar manifestando o comportamento de hipervigilância nesse período pandêmico e têm mais tendência a desenvolverem quadros ansiosos e depressivos. “O receio em contaminar-se, o isolamento social, a perda de amigos e familiares, a privação de atividades físicas e a desestabilidade financeira se tornaram fatores imprescindíveis na intensificação dos sintomas dolorosos”, explica o médico.

Com a chegada do novo coronavírus, doenças comuns deixaram de ser tratadas para evitar o contato com centros de saúde, profissionais da área e até mesmo pacientes contaminados pela Covid-19. Sem o acesso aos recursos, muitos indivíduos carecem de estrutura física, acompanhamento de profissionais da saúde e medicamentos para tratar essa doença e aliviar a dor. “Se antes já havia dificuldades em diagnosticar e tratar pacientes com Dor Neuropática, hoje, perante a realidade que vivemos, tornou-se ainda mais difícil porque muitas dessas pessoas nem chegam até nós”, afirma o Dr. Matheus. Ele ainda completa: “Isso significa que se não tratada, a doença continua evoluindo de estágio e prejudicando a qualidade de vida dos pacientes”.

Apesar de todos os fatores que interferem diretamente no não tratamento de dores crônicas, graças a tecnologia é possível encontrar alternativas para o enfrentamento da doença, como consultas online, através da telemedicina – o acesso a sites na internet deve ser cauteloso, prezando pelas informações de qualidade, buscando apenas fontes confiáveis e oficiais. Outra estratégia eficaz que pode ser aplicada tanto no tratamento quanto na prevenção das dores é a realização de atividades físicas regulares. Além disso, ter uma dieta balanceada focada em alimentos anti-inflamatórios também ajuda na redução das dores e no fortalecimento da imunidade.

Crédito da Foto: FVcomunica!
 

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