Com a chegada do verão, cuidados são necessários para garantir a
saúde dos olhos na estação mais quente do ano. É certo que ainda vivemos tempos
de pandemia da COVID-19, mas a realização de atividades ao ar livre é
importante para manter a saúde física e mental, seguindo as orientações
recomendadas pelas autoridades locais. Conheça dicas sobre como aproveitar
plenamente os próximos meses, com os olhos saudáveis.
“O sol e o calor convidam as pessoas à socialização e ao contato
mais próximo, mas é recomendável avaliar os riscos, principalmente quanto ao
contato com suor, água de mar e piscina nos olhos, além de evitar as
aglomerações típicas do verão. As precauções diante da manipulação ocular são
fundamentais não somente porque
costumeiramente favorece o contágio de vírus e bactérias que podem ocasionar
conjuntivites, mas também como medida preventiva no combate ao novo
coronavírus”, comenta a Dra. Renata Leite de Pinho Tavares, Oftalmologista
do Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, empresa do Grupo Opty.
Além disso, fatores muito bem-vindos nas altas temperaturas, como
vento e uso frequente de ar condicionado, sem precauções, também pode se tornar
vilões. Além deles, a exposição ao sol também pode levar ao ressecamento ocular
e à ceratite, (lesão na córnea). Os efeitos nocivos da radiação solar são
cumulativos, podendo acarretar problemas no curto, médio e longo prazos, que
vão desde queimaduras nas pálpebras (fotodermatite), conjuntiva
(fotoconjuntivite) e córnea (fotoceratite), até acelerar lesões relacionadas ao
envelhecimento da pele das pálpebras (fotoenvelhecimento), do cristalino
(catarata) e da retina ou ao processo inflamatório crônico, com o surgimento do
pterígio e de tumores malignos palpebrais e oculares.
Vale lembrar que “Dezembro Laranja” é o mês de conscientização
sobre o câncer de pele. Mas o alerta também deve ser estendido para os cuidados
com a região dos olhos. De acordo com a médica, alguns tumores palpebrais têm
íntima relação com exposição excessiva à radiação UV, como os carcinomas
espinocelulares. Assim, proteger-se com óculos escuros, boné e chapéu (vale até
usar sombrinha!), assim como evitar o sol do meio-dia, são essenciais para evitar
maiores riscos.
“A exposição excessiva à radiação solar danifica a delicada pele
das pálpebras causando desde rugas até câncer de pele. Invista em óculos de sol
de qualidade e com 100% de proteção UV. Armações que oferecem ampla cobertura,
protegendo também as pálpebras, são convenientes para aqueles que não são
adeptos a chapéus. Mesmo em dias nublados, saiba que os raios do sol atravessam
a névoa e são tão nocivos quanto em um dia bem ensolarado”, diz a especialista.
Qualquer idade – A boa higiene é a
principal recomendação para todos, seja qual for a estação. “Evite tocar nos
olhos com as mãos sujas. Higienizar bem as mãos, lavando com água e sabão e,
quando não for possível, usar álcool gel a 70% são as dicas mais efetivas na
prevenção de doenças”, comenta a oftalmologista. Todas as faixas etárias
merecem atenção nos cuidados com a saúde ocular no verão:
·
Crianças: não esquecer de protegê-las com chapéu. Óculos escuros não são
acessório exclusivo para uso adulto! Existem óculos escuros específicos para
essa faixa etária, resistentes a impacto e à água.
·
Jovens/Adultos: Lembrem-se de que é altamente contraindicado o uso de lentes de
contato em praia/piscina e mar. Providenciem óculos escuros, de natação ou de
mergulho com grau.
·
Idosos: Além dos cuidados básicos, vale dar uma atenção especial à
proteção da pele, que é naturalmente mais fina nessa faixa etária,
especialmente na região das pálpebras. Além disso, o colírio lubrificante
também é essencial, já que nessa idade o olho seco é muito mais comum. É
importante saber que não é somente o corpo que necessita de hidratação
reforçada no verão.
O que é pterígio? – Popularmente conhecido como a “membrana avermelhada no canto do
olho”, o pterígio é caracterizado pelo crescimento de tecido conjuntival, uma
membrana, em um (mais comum) ou nos dois olhos. Apesar de benigno, esse
distúrbio pode causar desconforto, sensação de corpo estranho, secura, ardor,
olhos avermelhados, fotofobia e inflamação ocular. “O pterígio não leva à perda
da visão, no entanto, sua presença pode provocar alterações da córnea, com
aparecimento de astigmatismos elevados que, muitas vezes, não são corrigidos
pelos óculos”, conta a Dra. Renata.
Por ser mais habitual em
pessoas expostas ao sol, mar e vento, o alerta é para a necessidade de a
população redobrar os cuidados preventivos, sobretudo para quem reside em
regiões mais quentes e pessoas que trabalham e realizam frequentemente
atividades ao ar livre. O problema é tão comum que chega a afetar cerca de 25%
dos indivíduos de alguns países e regiões. O pterígio é mais frequente entre os
20 e 40 anos de idade. Também é considerado mais corriqueiro em homens do que
em mulheres.
Normalmente, é uma lesão que
cresce de forma lenta, ao longo da vida, mas também pode parar de evoluir.
Quando os sintomas são moderados, é possível tratar com colírios
anti-inflamatórios ou lubrificantes oculares. Mas é preciso estar atento ao seu
crescimento e sintomas, além do incômodo estético. Em casos mais avançados,
contudo, o pterígio pode crescer de maneira mais rápida ou cobrir a pupila a
ponto de interferir na visão do paciente. É nessa situação que há necessidade
de intervenção médica. “Nas cirurgias para remoção, é possível usar uma cola
biológica, em vez da sutura ‘com ponto’, o que diminui muito a possibilidade de
volta do problema. No entanto, há a possibilidade de a cirurgia induzir ao
astigmatismo. Por isso, só um oftalmologista pode indicar o melhor tratamento”,
explica a oftalmologista.
O pterígio é um problema mais
típico do verão, mas a prevenção deve ser constante. “A medida mais eficaz para
prevenir o pterígio é fazer uso de óculos de sol, com proteção à radiação
ultravioleta. Pessoas que andam de moto, bicicleta ou mesmo carro com os vidros
abertos devem evitar que o vento atinja diretamente os olhos, causando
ressecamento e irritação crônica. Nesses casos, o uso de lágrima artificial é
recomendado”, comenta o médico. “É importante que as pessoas não esperem ter
sintomas para procurar um oftalmologista. Um check-up anual é fundamental para
a boa saúde dos olhos, antecipando futuros problemas”, completa.
Sobre o Opty
O Grupo Opty nasceu em abril de 2016, a partir da união de médicos
oftalmologistas apoiados pelo Pátria Investimentos, que deu origem a um negócio
pioneiro no setor oftalmológico do Brasil. O grupo aplica um novo modelo de
gestão associativa que permite ampliar o poder de negociação, o ganho em
escala e o acesso às tecnologias de alto custo, preservando a prática da
oftalmologia humanizada e oferecendo tratamentos e serviços de última geração
em diferentes regiões do País. No formato, o médico mantém sua participação nas decisões
estratégicas, mantendo o foco no exercício da medicina.
Atualmente, o Grupo Opty é o maior grupo de oftalmologia da
América Latina, agregando 21 empresas oftalmológicas, 1600 colaboradores e
mais de 600 médicos oftalmologistas. O Instituto de Olhos Freitas (BA), o
DayHORC (BA), o Instituto de Olhos Villas (BA), a Oftalmoclin (BA), o Hospital
Oftalmológico de Brasília (DF), o Hospital de Olhos INOB (DF), o Hospital de
Olhos do Gama (DF), o Centro Oftalmológico Dr. Vis (DF), o Hospital de Olhos
Santa Luzia (AL), o Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem (SC), o Centro
Oftalmológico Jaraguá do Sul (SC), a Clínica Visão (SC), o HCLOE (SP), a
Visclin Oftalmologia (SP), o Eye Center (RJ), Clínica de Olhos Downtown (RJ) e
COSC (RJ), Lúmmen Oftalmologia (RJ), Hospital de Olhos do Meier (RJ), Hospital
Oftalmológico da Barra (RJ) e o Oftalmax Hospital de Olhos (PE) fazem parte dos
associados, resultando em 44 unidades de atendimento. Visite www.opty.com.br.