A maioria das gerações passou a vida escolar dentro de sala, aprendendo teorias sobre tudo e, raramente, colocando-as em prática. Porém, a aplicação de novos processos de aprendizagem no Brasil vem ganhando espaço, como a alfabetização científica: do termo em inglês “Science literacy”, busca estimular o conhecimento científico de forma que seja possível interpretar e resolver problemas em seu dia a dia. Este foi o tema apresentado pela mestranda da UFTPR, Gianne Vaz da Silva Vieira, aos professores da Escola Atuação, por conta da Semana Pedagógica.
Nas escolas
Conforme explica Gianne, é importante que o ensino parta de atividades práticas e problematizadoras. “A partir de um chá, por exemplo, realizamos uma jornada de conhecimento sobre a planta do qual ele é feito. O que é? Para que serve? E é nesse momento que entra a ciência pura: qual a função da folha, raiz e especificações. Esses testes empíricos fazem as crianças terem conclusões e instigam a curiosidade e busca por conhecimento”.
Estímulo à cidadania
O conceito, no entanto, não é novidade no resto do mundo. No Brasil, é uma forma diferente encontrada pelos profissionais de incentivar a alfabetização dos alunos para descobrirem coisas novas e, principalmente, para que consigam aplicar esse conhecimento no dia a dia, modificando a realidade. “É um processo fundamental e que deve surgir ainda na primeira infância”, ressalta Gianne. “É um estímulo à cidadania, por exemplo, porque a autonomia dos alunos em realizar ações pode levar a uma modificação positiva do ambiente em que vivem”.