Dica da Psicóloga Juliana Panizza Costa Luiz
Do que você tem medo? Medo é uma
reação natural e necessária à sobrevivência do ser humano. Mas em alguns casos,
alguns indivíduos podem apresentar um medo exagerado sobre determinado objeto,
ou seja, algo específico, caracterizando a fobia específica, ou fobia
simples.
As pessoas que estão perante o foco da
sua fobia apresentam reações muito fortes que podem variar da paralização
total, ou causando até uma reação exagerada, fugindo ou gritando. A
diferença entre um medo natural para um medo patológico é a sua reação frente
ao objeto temido.
O sujeito fóbico procura sempre evitar
entrar em contato com aquilo que provoca sua fobia. Esta é a característica
mais comum. O sujeito procura, de todas as formas possíveis e impossíveis,
fugir da situação de desconforto. É claro que, em alguns casos fugir não é uma
opção, e a pessoa se vê obrigada a enfrentar seu medo. Neste caso, acaba
apresentando desconfortos tanto emocionais quanto físicos.Por exemplo:
desespero, angústia, tremores, sudorese, palpitações, falta de
ar, choro, grito, desconforto gástrico, cefaleia, e quando o
desconforto não for mais suportável: desmaio ou fuga.
A maioria das pessoas com fobias
simples não procuram tratamento. Geralmente devido ao fato de que o medo em
questão não faz parte do seu cotidiano.Como o medo de cobras por exemplo, não
há necessidade de enfrenta-las com frequência, apenas se quiser dar um passeio
pela floresta ou algum mato longe da cidade. Desta forma, o “evitamento” do
objeto fóbico não traz limitações e problemas diários ao sujeito, e ele não tem
urgência em resolver seu problema.
No entanto, há muitos objetos fóbicos
que fazem parte do nosso cotidiano, e se tornam verdadeiros limitadores de
nossa autonomia, nos trazendo não apenas o desconforto do objeto em si, mas
também o desconforto de ter que realizar com frequência manobras evitadoras. Nos
tornamos verdadeiros prisioneiros do medo. Por exemplo, alguém que tenha medo
de dirigir e acaba ficando dependendo de outros meios de transporte ou de
caronas para se locomover.
O grande problema é quando a fobia
traz problemas de saúde para o sujeito, como o medo de dentista por
exemplo, e evita fazer os tratamentos necessários, negligenciando
sua saúde.
As estatísticas dizem que
aproximadamente 10% da população brasileira possui alguma fobia específica. O
sexo feminino é de duas a três vezes mais afetado. No que se refere à idade, a
maior incidência ocorre entre 18 e 35 anos.
O tratamento tem como objetivo reduzir
a ansiedade e o medo gerados pelo motivo irracional, ilógico e exagerado. Desta
forma, há a possibilidade de vencer o medo completamente através da
Psicoterapia.
Tenho feito este trabalho na Clínica
Oral Sin de Lages. La me deparo com pacientes que desejam muito cuidar da saúde
bucal, voltar a sorrir, mas o medo é um grande inimigo. Com o uso de técnicas
de dessensibilização, e com a ajuda da Psicoterapia Breve, é possível vencer o
medo, recuperar a saúde bucal e a autoestima.