Fernando David Moyses, CEO da Handit Planejamento Orçamentário, aborda o
tema no artigo que segue.
Que o planejamento é uma ferramenta essencial para definir os rumos de
um empreendimento todo mundo sabe. Porém, encontrar a forma de fazer o
planejamento ideal é, muitas vezes, um desafio. Envolver áreas de
backoffice da empresa, como financeiro, controladoria e contabilidade
é indispensável, mas há outro item imprescindível na hora de montar um plano de
ação: a informação.
É claro que os dados internos da empresa contam muito no momento de
planejar os próximos meses ou anos, e é cada vez mais fácil obter materiais
muito precisos com sistemas avançados de planejamento orçamentário, mas as
informações externas sobre os cenários econômicos também precisam ser
consideradas - pois podem intervir diretamente nos resultados.
Em recente palestra a um grupo de empresários, o economista, escritor e
colunista do Valor Econômico Bruno Carazza falou da importância de conhecer o
cenário macroeconômico nacional e internacional e como ele pode impactar nos
planejamentos das empresas. Acontecimentos políticos, que levam a mudanças
econômicas e que influenciam diretamente o mercado precisam ser considerados na
hora de montar o plano de crescimento.
Durante a palestra ’Reformas, medidas econômicas e os impactos no
planejamento 2024’, Carazza citou o Global Risk Report, relatório
desenvolvido anualmente pelo Fórum Econômico Mundial, que já previu eventos
grandiosos com base em projeções, como a possibilidade de uma pandemia em 2020
e uma guerra em 2022. Outro importante relatório citado foi o Boletim Focus,
divulgado semanalmente pelo Banco Central. Estes são apenas dois exemplos de
fontes de informações que precisam ser consideradas.
A análise de cenários envolve a consideração de diferentes conjunturas
econômicas possíveis, a avaliação de cada uma e como elas afetam as finanças da
empresa. Uma boa análise permite que os gestores estejam preparados para tomar
decisões baseadas no maior número de informações possível, afinal isso
apresenta caminhos independentes a partir de diferentes cenários - o que
permite a inclusão de opções de ação diferenciadas dentro do planejamento.
Saber avaliar um cenário econômico e trabalhar com perspectivas para o
futuro é a chave para tomar decisões. Com o número de informações que se tem à
disposição, torna-se mais fácil definir metas e ações, resultando em um
planejamento orçamentário assertivo que prevê possibilidades e oferece caminhos
que otimizam tanto a resolução de problemas quanto o crescimento das
organizações.