Pela
primeira vez, o Conselho Regional de Medicina - CRM-SC, elegeu dois médicos de
Brusque para fazer parte do seu grupo de conselheiros.
Foram
eleitos o endocrinologista Frederico Guimarães Marchisotti e o médico do trabalho,
Jonas Krischke Sebastiany, membros da Associação Brusquense de Medicina - ABM.
Ao todo, foram empossados 40 profissionais de todo o Estado. A cerimônia de
posse aconteceu na última sexta-feira, 6, em uma cerimônia realizada no Teatro
Governador Pedro Ivo Campos, em Florianópolis.
Além de
Brusque, foram eleitos médicos representantes das cidades de Itajaí, Blumenau,
Joinville, Criciúma, Lages e Tubarão, mas apenas na capital Florianópolis, que
historicamente tem o maior número de conselheiros, tivemos um maior número de
eleitos.
"A
ABM ter dois representantes no CRM mostra o nível de comprometimento da
Associação e de seus membros com a classe médica", frisou Marchisotti.
Ainda
segundo o médico, "é importante salientar que o CRM não é um órgão corporativista
como alguns pensam, pelo contrário, o CRM é um órgão regulador da atividade
médica. Tem a função de defender a sociedade e os médicos corretos de
profissionais que cometem abusos, excessos e erros na esfera ética. Da mesma
forma, quando o profissional é denunciado de forma improcedente, o CRM analisa,
julga e absolve. O CRM sempre é ouvido e suas decisões acatadas antes que as
sentenças judiciais relacionadas à atuação médica sejam proferidas, o que
mostra a credibilidade e relevância de suas decisões."
Existe
também um trabalho importante, educativo e de consultoria, realizado pelo CRM.
Rotineiramente são enviadas dúvidas por médicos ou instituições de saúde que
são respondidas conforme as resoluções vigentes. Às vezes, as dúvidas até
fomentam novas resoluções.
Outra
função importante do CRM é de interceder junto ao Conselho Federal de Medicina
para que se coloque a posição dos médicos em políticas públicas de saúde,
através do Congresso Nacional. Por exemplo, a questão do programa 'Mais Médicos'.
"O
CFM sempre se posiciona tentando mostrar que o programa precisa ser melhor
elaborado. É contrário à inclusão de médicos formados no exterior, sem
habilidades comprovadas em prova de revalidação do diploma (Revalida). Este
tipo de situação faz com que a população seja atendida por profissionais pouco
qualificados que colocam a saúde do cidadão em risco. Infelizmente, não temos
obtido êxito nesta batalha, pois existem outros interesses em jogo",
explica Marchisotti.