O aumento expressivo de casos de
suicídio é uma triste realidade que afeta o mundo inteiro, causando impactos
significativos na sociedade. Conforme dados recentes do DataSUS, nos últimos 20
anos, o número de suicídios dobrou, saltando de 7 mil para alarmantes 14 mil
casos. Essa estatística ultrapassa as mortes resultantes de acidentes de moto
no mesmo período, chegando a mais de um caso a cada hora, sem contar aqueles que
não são devidamente registrados.
É neste contexto preocupante que o
Setembro Amarelo se revela como uma iniciativa de extrema relevância. A
campanha é dedicada à conscientizar a população sobre a prevenção do suicídio.
Ana Paula Lima, psicóloga e membro da rede de Credenciados do Plano CELOS,
explica que essa campanha teve seu início no Brasil em 2015 e tem como objetivo
central informar e evitar a ocorrência de suicídios.
Uma das principais medidas para
contribuir com essa causa é ficar atento aos sinais de sofrimento ao redor de
você. Por exemplo, se um amigo está passando por uma situação de
vulnerabilidade, demonstrando profunda tristeza ou uma falta notável de
interesse em suas atividades diárias, é crucial prestar apoio. Além disso, é
importante estar atento a pacientes com histórico de depressão grave, pois eles
estão em maior risco.
A psicoterapia é um recurso fundamental
nessa luta contra o suicídio, pois quanto mais uma pessoa se conhece, mais ela
consegue gerenciar suas emoções e enfrentar seus desafios. Para aqueles que se
encontram em momentos de desespero e não têm alguém com quem conversar, Ana
Paula indica o Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece atendimento por
meio de ligações telefônicas, acessíveis pelo número 188.
Para que neste Setembro Amarelo você
consiga contribuir, a especialista separou algumas dicas de como ajudar uma
pessoa sob risco de suicídio. Confira:
· Não trate as lamentações da pessoa como “drama” ou
“exageros”. O contato inicial é muito importante, mas deve ser feito de forma
adequada;
· Falar de forma carinhosa e sem julgamentos, ouvir
com atenção e se mostrar interessado com a conversa;
· Falar sobre o assunto, sem medos e tabus;
· Ter empatia, paciência e demonstrar preocupação,
cuidado e afeto;
· Conversar com amigos e familiares da pessoa e se
manter ao lado dela para ajuda e apoio;
· Procurar entender os sentimentos da pessoa sem
diminuir a importância deles;
· Não esperar a pessoa dizer que quer se matar para
buscar ajuda. É preciso estar atento aos sinais de alerta e levar a situação a
sério;
· Ir atrás das unidades e profissionais da saúde.
O mês de setembro
ainda é lembrado pela cor verde, dedicado às campanhas de: inclusão das pessoas
com deficiência, a importância sobre a doação de órgãos e prevenção ao câncer
de intestino. Ao longo de todo o ano diferentes campanhas são realizadas no País
utilizando cores para trazer mais visibilidade e conscientização a diversas
questões relacionadas à saúde.