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Cadeia de negócios do enoturismo comemora resultados da 4ª Vindima de Altitude

27/03/2017    Karla Cruz

Evento lotou vinícolas, rede de hospedagem e restaurantes em uma
época considerada de baixa temporada
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A quarta edição da Vindima de Altitude, encerrada no domingo (26), movimentou a economia entre a Serra e o Meio Oeste, onde estão instaladas as vinícolas, no mês de março, período considerado de baixa temporada na região. Toda a cadeia de negócios do enoturismo – vinícolas, rede de hospedagem, restaurantes e comércio – sentiu o reflexo positivo do evento, que recebeu cerca de 55 mil participantes, o mesmo número de 2016.
“Em relação ao público, repetir o desempenho do ano passado é excelente”, afirma Guilherme Grando, presidente da Vinho de Altitude Produtores Associados, entidade realizadora da festa em celebração à colheita das uvas. “Tivemos uma demanda maior de visitantes, que somente não pode ser atendida por causa da ainda pequena rede de hospedagem regional", diz. "Também temos de comemorar porque não sentimos o reflexo da crise econômica que tem afetado o Brasil nos últimos meses”. Segundo ele, “a Vindima de Altitude está consolidada no calendário turístico do Estado” e faz parte da estratégia para combater a sazonalidade.
Na Vinícola D´Alture, de São Joaquim, o resultado é comemorado, segundo o proprietário Roberto Chaves Soto, que inaugurou durante a Vindima um bistrô, primeira parte de um projeto de receptivo que está sendo desenvolvido e que inclui ainda restaurante, sala de degustação e hospedagem. “Inicialmente, iríamos abrir apenas nos finais de semana para almoço e jantar, mas em função da grande procura passamos a atender diariamente, a partir da segunda semana de março”, conta ele. O público maior também gerou incremento na venda dos rótulos, cerca de 30% no ticket médio.
Instalada em Campo Belo do Sul, a Vinícola Abreu Garcia também ampliou a agenda para atender o interesse dos visitantes, com quatro outras datas além dos quatro sábados previstos e lotou todos os dias. Foram, em média, 60 pessoas por final de semana, o dobro registrado no ano passado. “Com esse resultado positivo já estamos planejando novidades para 2018, com passeios mais curtos para ampliar as opções e o número de visitantes”, afirma o proprietário Ernani Garcia. “A Vindima está numa crescente”, comemora. Na Villaggio Grando, em Água Doce, o incremento foi de 20% no número de visitantes e também no faturamento da vinícola. “O resultado comprova que há um interesse cada vez maior pelo enoturismo catarinense de altitude”, afirma Guilherme Grando.
 
Restaurantes e hospedagem
O Restaurante Pequeno Bosque, em São Joaquim, é outro exemplo de bons negócios e de contratação de mão de obra. A proprietária Sílvia Lemos conta que a Vindima de Altitude já entrou no planejamento anual da empresa. “Esperamos pelo evento porque, antes deles, o movimento era muito fraco nessa época do ano”. Em março, ela praticamente dobrou a equipe de funcionários, contratando cinco temporários, que se juntaram aos seis regulares, para atender o maior número de clientes. “O primeiro final de semana foi um pouco mais fraco, mas nos outros ficamos lotados entre sexta e domingo”. Sílvia destaca ainda a importância da realização do Festival Sabores de Altitude, pelo Sebrae/SC, no qual os restaurantes participantes prepararam menu especial, com ingredientes regionais e preços promocionais. “É um grande diferencial para o período da Vindima e agrega muito valor”, comenta.
No complexo turístico Snow Valley não foi diferente. A ocupação dos 16 leitos, divididos em quatro cabanas, alcançou o índice de 80%, o dobro para o normal desta época do ano. Na parte de alimentação, foram duas operações: a tradicional, do restaurante e café, que atendeu com capacidade máxima, e uma criada especialmente para o período da Vindima de Altitude, com almoços e jantares harmonizados nas sextas e sábados. “Tivemos 70% de ocupação, neste segundo caso, o que considero um sucesso em razão do modelo de negócio que oferecemos: um local mais exclusivo, com pratos preparados por chef internacional e preços diferenciados”, afirma o proprietário Daniel Scortegagna Pagani.
O empresário defende que a Vindima de Altitude “construiu uma ponte” de negócios entre o verão e o inverno na região. “Antes, março era um vazio, principalmente em relação à hospedagem, pois a gente saia de um fevereiro em alta e só voltava a ter movimento em abril, em função da Páscoa e, depois a temporada de inverno”, lembra.
A 4ª Vindima de Altitude foi uma realização da Vinho de Altitude – Produtores e Associados e Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet, com apoio da Souza Cruz, BRDE, Sebrae/SC e Governo do Estado (por meio da Sol e Santur).
 
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