Casa de Acolhida São Felipe Néri promove bazar
12/02/2020
Gustavo Siqueira
A Casa de Acolhida São Felipe Néri promove toda terça-feira, das 12h às 16h, bazar de roupas, calçados, utensílios domésticos, acessórios, entre outros itens, para ajudar no funcionamento da entidade. Criada em 2015, a associação sem fins lucrativos tem o objetivo de acolher crianças e adolescentes de 5 a 15 anos de idade, no período do contraturno escolar, na região do bairro Velha Grande, uma comunidade que tem população em situação de vulnerabilidade econômica e social.
O bazar ocorre na Casa 1 – anexa à Capela São Pedro. Giselle Stelle Cunha, fundadora da Casa Felipe Néri, explica que a programação só é possível graças à contribuição das pessoas e que toda doação é bem-vinda. “O bazar acontece desde 2017 e é o que mantém a Casa. As peças são vendidas a R$ 2,00, o que faz toda a diferença para a comunidade que tem acesso a roupas muito boas a um custo muito baixo. Todo valor arrecadado é utilizado para a compra de alimentos que não chegam a nossa Casa”, descreve Giselle. Atualmente, a entidade atende 93 crianças na primeira unidade e, com a segunda unidade, mais 60 crianças terão acesso a esse espaço de acolhida e amor.
A Casa
A Casa de Acolhida São Felipe Néri é uma associação sem fins lucrativos, que se configura em um Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, conforme especificação da Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais. Foi fundada em 2015 para acolher crianças e adolescentes de 5 a 15 anos de idade, no bairro Velha Grande, comunidade que tem população em situação de vulnerabilidade econômica e social.
Atende cerca de 100 crianças e adolescentes, com atividades que visam ao desenvolvimento integral. Dentre elas, estão: oficinas de apoio escolar, por meio do acompanhamento de uma profissional psicopedagoga e na mediação para a realização de tarefas e trabalhos do ensino regular; artesanato; aulas de dança; musicalização (canto e instrumentos); Jiu-Jitsu; capoeira e informática; bem como a realização de oficinas e atividades lúdicas com temáticas diversas (rodas de conversa, arte terapia, passeios culturais, entre outras).
Em sua trajetória, a Casa já acolheu 166 crianças e jovens. Destes, 97 continuam sendo acompanhados diariamente e 69 não estão mais frequentando as atividades por motivos variados (completaram 15 anos, mudança de local, entre outros).
Ao tomarem contato com as atividades diversas desenvolvidas, a ideia é que os atendidos passem a compreender que podem ser pintores, artesãos, dançarinos, músicos, cantores ou atletas, que são passíveis de receber responsabilidades (há um investimento em tarefas que estimulem esta característica), de entrar no mercado de trabalho, de produzir coisas que são apreciáveis, de circular e pertencer a espaços diferentes dos habituais, de se questionar, de repensar e de se escolher. “Que suas atitudes podem mudar o mundo aos pouquinhos, que são produtores de transformação, que a vida pode sim ser mais colorida, alegre e viabilizadora”, explica Giselle.
História
A aproximação da fundadora da Casa, Giselle Stelle Cunha, com as famílias do Bairro Velha Grande aconteceu três anos antes de sua fundação, quando ela participou de um grupo de voluntários promovendo o “Natal Solidário”, que tinha como objetivo mapear necessidades materiais das crianças do Morro da Figueira e buscar apoiadores para subsidiar e entregar os presentes solicitados pelas crianças. Após a terceira edição da ação do Natal Solidário, uma das integrantes do grupo voluntário que realizava a ação, decidiu dar os primeiros passos para a criação da Casa de Acolhida São Felipe Néri, pois verificou que muito mais poderia ser feito. O padre Roberto Carlos Cattoni, foi procurado e passou a compartilhar do mesmo desejo.
Dessa forma, a Diocese de Blumenau cedeu o espaço da Capela São Pedro para a realização das atividades da Casa de Acolhida São Felipe Néri, por meio da celebração de um contrato de cessão do espaço, por um período de 20 anos.