A situação atual do fornecimento de energia elétrica em Santa Catarina foi tema de debate na reunião de Diretoria do Sintex - Sindicato das Indústria de Fiação, Tecelagem e do Vestuário -, nesta terça-feira, dia 15. O encontro aconteceu com a presença do presidente da Câmara de Energia da Fiesc e diretor de Operações da Eliane Revestimentos, Otmar Müller.
Os custos atuais, as perspectivas de aumento da energia, o risco de faltar energia e a privatização da Eletrobrás são questões que demandam atenção dos empresários. Müller lembrou que no mês de agosto deve haver a revisão tarifária da energia da Celesc, o que ocorre a cada quatro anos. "Outras distribuidoras têm registrado reajustes entre 10 e 15%. Mas, aqui pode haver um índice diferente”, adiantou. A expectativa é que o reajuste fique menor.
O especialista destacou que a médio e longo prazo a energia deve, sim, ficar mais cara, por conta de novas usinas que terão um custo maior para operar, devido aos investimentos e novas tecnologias. Müller sugere comprar energia no mercado livre com antecedência de no mínimo dois anos.
Sobre o risco de racionamento, ele comentou sobre notícias recentes em que o Ministério de Minas e Energia não nega uma Medida Provisória para obrigar a redução no consumo de energia, mas afirma que se estudam medidas de prevenção. Hoje em torno de 65% da nossa energia provém da geração hídrica e atualmente os reservatórios da região Sudeste estão em torno de 35%, a pior crise dos últimos anos.
O cenário mais grave deve ocorrer em novembro, de acordo com Müller. “A tendência é iniciar 2022 com uma situação hídrica bastante crítica. Mas, a produção eólica e fotovoltaica tendem a crescer nos próximos anos”, comentou