A hipertensão é uma doença silenciosa, que
atinge cerca de 35% da população brasileira segundo o Ministério da Saúde, e
que pode gerar graves complicações. Entre elas: infarto agudo do miocárdio,
acidente vascular cerebral (conhecido como derrame), doenças renais ou
arteriais. Para chamar a atenção para a gravidade desse quadro, o Governo
Federal institui em 2002, o dia 26 de abril como Dia Nacional de Combate à
Hipertensão. Durante toda a semana, o assunto será tratado por especialistas de
todo o Brasil.
De acordo com o cardiologista Siegmar Starke, a
data é grande lembrete nacional para a importância de tratar do tema. “A
hipertensão é uma condição grave, que precisa ser diagnosticada de forma
precoce e acompanhada constantemente. Dessa forma, é possível que o paciente
tenha uma rotina comum e consiga prevenir muitos desdobramentos que ela poderia
vir a causar”, afirma. Starke atua como cardiologista há mais de trinta anos e
é um dos diretores da Cardioprime. Também leciona no curso de Medicina da
Universidade Regional de Blumenau (Furb).
Em resumo, a pressão arterial é a força com a
qual o sangue é bombeado do coração no organismo, para que a circulação
aconteça. Na hipertensão, a pressão arterial está permanentemente elevada.
Nestes casos, há uma lesão em órgãos como cérebro, rins e coração, levando a
obstrução com o consequente infarto ou derrame.
Além de causas genéticas, a hipertensão também
é um reflexo muito claro dos hábitos das pessoas. “A prevenção consiste em um
estilo de vida que preze pela saúde: alimentação equilibrada, exercícios
físicos, controle de estresse e consumo moderado de álcool”, comenta. “A saúde
cardiovascular, de forma geral, é consequência desses hábitos exercidos ao
longo da vida”, afirma Starke.
O cardiologista recomenda medidas regulares de
pressão arterial, com qualidade e independentemente de sintomas. Caso o quadro
seja confirmado, o tratamento geralmente é medicamentoso e no acompanhamento
dos hábitos por toda a vida.
Pandemia pode ter agravado a situação
Um estudo divulgado pela Sociedade Brasileira
de Cardiologia (SBC) apontou que houve aumento de 132% nas mortes por doenças
cardiovasculares nos primeiros meses de pandemia em algumas capitais. No Portal
da Transparência, é possível constatar que as mortes por causas
cardiovasculares inespecíficas cresceram 30% de 2019 para 2020.
De acordo com Starke, o que causa esse aumento
é um estado de estresse crônico, ocasionado pela própria pandemia e seus
desdobramentos sociais. Outros três comportamentos podem impactar nesses
números. “O primeiro é deixar de lado o acompanhamento, a prevenção. As
consultas regulares com o médico e os eventuais checkups decorrentes delas são
fundamentais para evitar que uma doença que pode ser tratada evolua para um
quadro grave”, diz. “Outra questão importante é que os hábitos mudaram e, além
da redução na realização de atividades físicas, houve um aumento no consumo de
álcool como forma de amenizar o impacto emocional do isolamento. Como a
hipertensão está diretamente relacionada ao nosso comportamento, essas atitudes
podem refletir diretamente no quadro de saúde”, acrescenta.
Por fim, Starke destaca que muitas pessoas, ao
sentirem os sintomas de um infarto, por exemplo, postergaram a ida ao
pronto-atendimento por medo de contaminação. “Nós sempre reforçamos que tempo
de espera para um procedimento na hemodinâmica é tempo de músculo. Quanto maior
a demora para chegar a uma desobstrução, por exemplo, maior a chance de um
quadro irreversível”, finaliza. De acordo com o Portal da Transparência, as
mortes por causas cardiovasculares inespecíficas em casa cresceram 75%.
Sobre a Cardioprime
Fundada em 1992, a Cardioprime é um dos centros
mais avançados em atendimento cardiológico do Sul do Brasil. São 18 médicos
especialistas em várias frentes da cardiologista e uma estrutura com
equipamentos de ponta para diagnóstico, tratamento e prevenção.
Responsável pelo Pronto Atendimento do Coração
do Hospital Santa Catarina, onde também está localizada a clínica e o Centro de
Hemodinâmica, a Cardioprime tem nível de Acreditação Plena pela Organização
Nacional de Acreditação (ONA), entidade que audita serviços em saúde. Todas as informações estão
disponíveis no site www.cardioprime.med.br.