A diretoria da Associação Brasileira de Polos de Ensino a
Distância (ABPolos) apresentou nesta quarta-feira (18) ao Ministério da
Educação as propostas e os desafios da entidade que representa os polos de EAD
no país. O presidente da ABPolos, Bernardo Knabben, e os diretores Karin
Teischmann de Souza e Carlos Eduardo Hort foram recebidos pelo diretor de
Desenvolvimento de Ensino Superior do MEC, Eduardo Gomes Salgado, em Brasília,
e convidaram o representante do ministério para a abertura do 1º Encontro
Nacional dos Polos de Ensino a Distância (ENAPolos), que será realizado no
primeiro semestre de 2021.
“O MEC concorda com a importância dos polos de educação a
distância no atual momento do ensino superior brasileiro e a receptividade ao
ENAPolos foi excelente”, afirmou Knabben após o encontro. “No início do próximo
ano teremos uma audiência com o ministro da Educação, Milton Ribeiro, para
confirmar a presença dele na abertura do evento”, acrescentou.
A ABPolos representa mais de 150 polos educacionais espalhados
pelo país que atendem mais de 150 mil alunos de cursos superiores em regime
EAD. O objetivo central da entidade é reforçar as infraestruturas físicas de
apoio para a formação do estudante no modelo a distância. O polo é o local onde
acontecem as etapas presenciais obrigatórias do EAD – como provas, tutoria dos
conteúdos e atividades nos laboratórios – e é considerado um ambiente
fundamental para a qualidade e a integração do aluno ao ensino superior.
Regulamentado há 14 anos no Brasil, o EAD no ensino superior já
supera em oferta de vagas o método presencial. O Censo da Educação Superior
2018, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep), registra 7,1 milhões de vagas em regime de ensino a
distância no país, contra 6,3 milhões em cursos presenciais.
A tendência se acelerou durante a pandemia: uma pesquisa recente
feita pela Catho Educação mostrou um aumento de 70% nas matrículas em cursos de
educação a distância entre março e abril, e o Google apontou um crescimento de
130% na busca por especializações a distância. Entre as vantagens do ensino a
distância estão a flexibilidade, a economia de tempo com deslocamento e – um
item que se tornou essencial na pandemia – a segurança.
Crédito: Divulgação/ABPolos